Como um dia disse Sebastião Salgado: "Uma boa foto é aquela que não precisa de legenda". Foto Pedro Agostinho Cruz Texto daqui |
O seu nome não vem no mapa nem a terra tem qualquer
referência, de área ou de população, nas enciclopédias. E, embora real, porque
existe, vive e pulsa, parece não ter tido passado, nem presente. Contudo, não é
terra morta que se possa assim, tão facilmente, ignorar.
Chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores. Ou melhor: pouco
mais é do que uma rua, que vai da Estrada ao Mar, e tem casas de um lado e do
outro. Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia,
junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que
tem o nome de Cova, embora a designação não seja exacta ou própria: as duas
terras estão ao mesmo nível – o das águas do mar, quando estas andam calmas ou
só bramem na ressaca.
Muito embora sem nome no mapa, a Gala está bem situada. Fica
do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar,
é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à
barra dos rios. Do lado norte, há uma cidade e essa vem registada nos mapas de
terra e nas cartas de mar – chama-se Figueira da Foz.
Pois...parece que para os duvidoso ficarem esclarecidos, está uma velha placa junto da casa do falecido juiz Matoso a indicar Cova 1...e está lá espetada há muitos e longos anos.
ResponderEliminarCAMARADA AGOSTINHO COMO HISTORIADOR DA REGIAO FIGUEIRENSE APRECIEI O SEU RESUMO DA HISTORIA DA COVA E DA GALA E ERA EXATAMENTE ASSIM QUE DEVIA CHAMAR-SE VILA DA COVA-GALA E NAO VILA DE S. PEDRO COMO ALGUNS ILUMINADOS ASSIM QUISERAM.
ResponderEliminarSENDO ASSIM CONTINUAR A CHAMAR ALDEIA DA COVA-GALA É UM ERRO INFELIZMENTE.
SAUDAÕES AMIGAS.
O erro, melhor, a ilegalidade, foi a criação da vila de S. Pedro.
ResponderEliminarAí, tenho o orgulho e a honra, de afirmar que não tive a mínima culpa.
Por ser contrário à ilegalidade cometida tive alguns dissabores. Mas, isso agora já não interessa para nada.
Para que conste:
A Cova-Gala, tem origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770.
De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência.
Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova.
A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca.
Apesar do passado de cerca de 250 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 1985.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”.
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.
Um Povo que não preserve o seu passado e as suas raízes não tem futuro. E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
E, temos de saber preservar, com rigor e com verdade, e não ao sabor conjuntural dos interesses politiqueiros, seja de quem for.
Ora nem mais camarada foi a maior aberraçao foi essa elevação a vila de s. pedro tambem estou de acordo com o pedro nunes quando muito vila da cova-gala porque existe a povoação da cova e a povoação da gala ou seja existe a cova e a gala o que não existe é a povoação da cova gala o que existe oficialmente é essa aberração de vila de s.pedro que só teve lugar na cabeça de alguns iluminados interessados.
ResponderEliminarAbração camarada.
Excelente fotografia. Parabéns ao Pedro.
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