foto sacada daqui
“Pés descalços na areia branca, que abria sempre caminhos
para o mar.
Olhar de muitas lutas, de coragem e sofrimento...
Luto infinito por alguém, que também por estas areias passou
e ao horizonte da vida já chegou.”
O trabalho pesado não
era ainda o pior – o pior era o sobressalto constante da sua vida.
Sentiam o coração oprimido, mas calavam-se. Sabiam perfeitamente,
pelas outras, o futuro que as esperava. Quantas conheci sempre
de luto – a começar na minha casa, com a minha avó Rosa Maia!..
As mulheres da Cova-Gala que eu conheci...
Coube-lhes sempre o pior quinhão da negra vida. Trabalhavam
o dobro dos homens e, quase sempre, viviam mais do que eles - talvez, porque sofriam muito mais.
Ontem pretendi fazer um comentário no blogue Cova Gala, sobre esta mulher e não consegui por falta de jeito, fosse como fosse.
ResponderEliminarHoje estou realizado por poder testemunhar o meu profundo carinho a esta gente que me pertence e andou comigo ao colo. Olhar para esta mulher é sentir-me orgulhoso e curvado á honra e dignidade de gentes que são minhas sempre. Agora é que vou ler o texto, porque o meu olhar foi sôfrego para esta mulher linda a fazer-me recordar a minha saudosa mãe.Obrigado por este momento tão simples e grato.
Peço-vos que não me julguém "louco"mas voltei agora de madrugada
ResponderEliminara olhar a fotografia com meditação.
Tal qual a minha mãe, a saudosa Olivia, que usava lenço, vestia-se de preto e também andava descalça pelos campos de Montemor. Como posso eu ser outra coisa que não seja desta respeitada gente. O texto está excelente...Quanto sofrimento e trabalho nestas mulheres de familia carregadas de amor pelos filhos. Um dia a mãe Olivia,marcou o meu destino. O Olimpio não pode trabalhar nos campos pois não aguenta o calor e o frio, vai aprender a barbeiro e eu fui para ficar sempre na minha memória de um tempo dificil e tão nobre, como acontecia com estas mulheres da Cova Gala