sábado, 21 de setembro de 2013

Tempo

Esta foto, ao que presumo, é da  primeira metade do século passado e dá-nos uma imagem fiel da mais antiga lota de peixe da Figueira da Foz que a minha memória retém.
Como certamente muitos ainda recordam, era em frente ao Mercado Municipal.
O que mais me impressiona nesta foto é o formigueiro humano na labuta pelo pão de cada dia.
As pessoas,  anónimas, porque pelo menos para mim são inidentificáveis, perdem assim o rosto, a forma, a figura.
E a fotografia torna-se apenas tempo: tempo parado de uma corrente inexorável sob tempo de desgaste, de erosão e de esquecimento.

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