Esta foto, ao que presumo, é da primeira metade do século passado e dá-nos
uma imagem fiel da mais antiga lota de peixe da Figueira da Foz que a minha
memória retém.
Como certamente muitos ainda recordam, era em frente ao Mercado Municipal.
O que mais me impressiona nesta foto é o formigueiro humano
na labuta pelo pão de cada dia.
As pessoas, anónimas, porque pelo menos para mim são inidentificáveis,
perdem assim o rosto, a forma, a figura.
E a fotografia torna-se apenas tempo: tempo parado de uma
corrente inexorável sob tempo de desgaste, de erosão e de esquecimento.
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