O inicial e grande
objectivo do governo de Passos Coelho e
a bandeira de Vítor Gaspar, o regresso aos mercados, estava marcado para hoje -
dia 23 de setembro de 2013.
Lembram-se?
Hoje, verificamos que tudo não passou de um "colossal embuste".
Estamos precisamente a 23 de setembro de 2013 e em vez de dos mercados a fervilhar de expectativa à nossa espera, ansiosos por nos receberem de braços abertos, temo-los distantes como há muito os não víamos.
Hoje, verificamos que tudo não passou de um "colossal embuste".
Estamos precisamente a 23 de setembro de 2013 e em vez de dos mercados a fervilhar de expectativa à nossa espera, ansiosos por nos receberem de braços abertos, temo-los distantes como há muito os não víamos.
É exactamente isso que quer dizer a taxa de juro já bem
acima dos 7% nos mercados secundários, ao nível do pior de 2011, quando o
resgate era inevitável!
Quer isto dizer, simplesmente, que ao
contrário do que vinha sendo apregoado pela máquina de propaganda ao serviço do
governo, o país não recuperou confiança nenhuma. Os credores não acreditam que
Portugal possa alguma vez pagar o que deve, e não há regresso nenhum aos
mercados na data sonhada por Passos e Gaspar.
Porque, só não vê quem é completamente cegueta ou alienado
partidariamente, no programa da troika
não batia certo a bota com a perdigota.
São uns brincalhões é o que são...
A inadiável e indispensável chamada reforma do Estado tornou-se numa completa
anedota.
Vejamos: a reforma administrativa, reforma da justiça,
desburocratização, eliminação de serviços duplicados e triplicados, reforma da
administração local, reforma do sistema eleitoral, e afins, tornou-se numa mal amanhada junção de umas freguesias (como
vimos, pelo que foi feito na Figueira pelo comissário político local deste governo, o candidato à câmara Miguel Almeida, com a conivência dos defuntos do Movimento 100%...) e no corte cego e arbitrário de funcionários
públicos.
E, por isso, como Vítor Gaspar enunciou sem rodeios na sua carta de demissão que quis tornar pública, tudo falhou.
E quem se lixa, como sempre, é o mexilhão – que, diga-se de
passagem, também tem muitas culpas no cartório...
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