Anda para aí uma onda de euforia.
Falam do crescimento, da recuperação económica, da diminuição do desemprego, dos sinais de luz ao fundo do túnel.
Espero que seja verdade...
Espero que isto não seja tudo fogo de vista e que no final do próximo dia 29 de Setembro, a luz não torne a apagar-se, isto é, termos de continuar a empobrecer para salvar Portugal.
Entretanto, leiam este texto de Gustavo Cardoso.
Ou já esquecemos que a destruição da economia nacional, levada a cabo com entusiasmo, transformou o mercado laboral numa autêntica selva, bem ao gosto dos espíritos neoliberais que por aí rosnam.
O desemprego de longa duração nunca foi tão elevado. Por isso, é natural que as pessoas tenham começado a aceitar o que aparece, sendo que o que aparece é trabalho mal remunerado, sem direitos, e em condições sub-humanas (como acontece na agricultura, o sector económico que mais emprego produziu nos últimos dois anos, quase sempre precário ou sazonal).
Receio bem que os pequenos sinais recentemente detectados de crescimento no emprego e na economia, tenham em boa parte que ver com a aproximação das eleições autárquicas e o consequente acelerar de obras e da logística da propaganda eleitoral.
Portanto, creio que ainda é cedo para festejar...
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