A maioria dos portugueses não liga à política. A não ser que pense que pode vir a ganhar alguma coisa com tal esforço...
De contrário, até abomina e crucifica os que ousam ter ideias e manifestar opinião.
De contrário, até abomina e crucifica os que ousam ter ideias e manifestar opinião.
Diga-se, em abono da verdade, que os partidos existentes em Portugal, por aquilo
que conheço, também não ajudam.
Quase todos, para não afirmar mesmo todos, só aparecem
quando cheira a eleições e os políticos contentam-se com as palmadinhas nas
costas dadas pelos indefectíveis, após
as “missas”, como se viu ainda recentemente no Pontal.
Por sua vez, as Universidades,
os meios de comunicação e alguns
movimentos de cidadãos (como aconteceu recentemente na Figueira com os 100%)
não são soluções duradouras, apenas representam uma alternativa ou esperança conjuntural.
A culpa é de nós todos, enquanto colectivo.
Estamos mais
receptivos ao fácil, cómodo e confortável marasmo em que vamos apodrecendo, enquanto País
produtor de irrelevâncias a vários níveis e, naturalmente, também políticas.
Sendo mais concrecto: conforme podemos verificar olhando,
por exemplo, para o que se passa neste momento no nosso concelho, digam-me se se
passa alguma coisa de relevante no debate político sobre o que se pensa para o
futuro da Figueira, quando estamos a pouco mais de um mês de um acto eleitoral
importantíssimo para o futuro de todos nós, figueirenses!..
Pelo que consigo observar – e procuro ser um cidadão atento- em vez de ideias, temos questiúnculas e fait
divers a marcar a agenda política local...
Assim, como será possível mudar este estado de coisas?
Começando, talvez, por pensar e cuidar de nós.
Sim, de nós - que temos
sido tão estúpidos graças a Deus...
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