"Os portugueses
cuspiram em Gaspar, sem dúvida um dos melhores ministros das finanças que
Portugal alguma vez teve. Se não querem Gaspar, ficam apenas com um(a) Gaspar
II ou III, sem o prestígio e a solidez do I" – comentário lido na
página online do Correio da Manhã.
Pois é.
Isto da democracia
tem muito que se lhe diga. Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal.
Um destes é a possibilidade da escolha. A possibilidade de escolha leva a que
as pessoas se tornem cada vez mais esquisitas, picuinhas, exigentes, chatas,
complicadas, obsoletas e “fora de moda”.
Para evitar chatices e mal entendidos, a escolha de Maria
Luís Albuquerque para a pasta das Finanças foi uma imposição da troika (BCE, CE
e FMI) e do Governo alemão, particularmente do ministro das Finanças, Wolfgang
Schäuble, apurou o Correio da Manhã. Esta terá sido uma das razões para o
primeiro-ministro ter decidido manter a ministra nas Finanças, apesar do pedido
de demissão de Paulo Portas do Governo.
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, o ex-ministro das
Finanças, Vítor Gaspar, empenhou-se, pelo menos nos últimos meses antes da sua
saída do Governo, em apresentar Maria Luís Albuquerque aos seus homólogos
europeus, nomeadamente nas reuniões do Eurogrupo e do Ecofin.
Vítor Gaspar, que já estava a preparar a sua saída do
Governo, tratou de convencer a troika e a Alemanha de que a escolha de Maria
Luís Albuquerque era a melhor solução para Portugal continuar a aplicar o
programa de assistência económica e financeira.
E parece ter dado resultado.
É mais do que tempo, portanto, para que o nosso ensino universitário
acompanhe os novos ventos dos tempos que
correm em Portugal.
Proponho, por conseguinte, a quem de direito, a criação da
pós graduação “Desenrascanço e Sucesso na Política", avançando desde já, com os
nomes dos professores responsáveis para as cadeiras obrigatórias.
- "Relações
Familiares e Offshores", regida por Isatino Morais;
- "Democracia e Pluralismo", regida por Alberto João Jardim;
- "Direito Penal e Processo Penal", regida por Fátima Felgueiras;
- "Ética e Liberdade de Imprensa", regida por Avelino Ferreira Torres;
- "Democracia e Pluralismo", regida por Alberto João Jardim;
- "Direito Penal e Processo Penal", regida por Fátima Felgueiras;
- "Ética e Liberdade de Imprensa", regida por Avelino Ferreira Torres;
- “Irrevogabilidade”,
regida por Paulo Portas;
- “Pragmatismo
político”, regida por Passos Coelho;
- “Grande economia”,
regida por Cavaco Silva.
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