segunda-feira, 8 de abril de 2013

O estado a que isto chegou


Passos Coelho e Paulo Portas entenderam que a melhor forma de responder perante a reposição da legalidade infringida foi a de declarar guerra aos cidadãos de Portugal.

Pouco faltou ao Primeiro-Ministro, que respirava ódio e se engasgava no discurso, para declarar o estado de sítio e assim punir quem o chamou à ordem constitucional.

Todos os poderes que pediram a fiscalização da legalidade, o Presidente da República, a Assembleia da República e o Provedor de Justiça, foram alvo indirecto do seu discurso e o Tribunal que o julgou foi objecto das mais graves afrontas feitas em democracia a um poder independente.

Os cidadãos são o alvo da vingança e foram anunciadas as malfeitorias que se seguem para demonstração de que ninguém sairá impune à rebeldia e ao inconformismo.

A alocução piegas e revanchista do chefe do Governo português ficará certamente registada na memória de uma Nação que não se resigna à má-sorte, embora resulte das suas escolhas, de ter tão fraca gente e com tão má índole a dirigir os seus destinos.”

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