Já tenho idade para ter juízo.
Contudo, há qualquer
coisa que sempre me inquietou e me continua
a impelir a não ficar parado e a tentar inovar
permanentemente.
Melhor.
Talvez não se trate de inovar, mas de lidar no presente, com
as ferramentas de hoje.
Só que, o hoje, está sempre a mudar.
E quem vive o hoje, corre o risco de ser acusado de
progressista. Por vezes, também de comunista.
Confesso: há uma parte do passado, do meu País, da minha cidade
e da mina Aldeia, que não me interessa.
Mas, que não esqueço.
Continuamos um País atrasado.
Cada vez mais atrasado, velho, retrógrado e cinzento.
Mas, gosto de Fado.
De ouvir, entre
outras e outros, Aldina Duarte…
E com
ela lá vem o Fado. O Fado de hoje. Que é
igual ao de ontem.
Mas completamente diferente.
O mesmo, infelizmente, não se passa com o País, que está a ficar cada
vez mais igual ao antigamente.
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