domingo, 31 de março de 2013

O erro que consistia em considerar José dos Santos Barreto como "o primeiro fundador da Cova", em vez de o considerar como aquilo que ele na verdade foi: um elemento da geração seguinte, que nela foi marcante economicamente, e que só por isso ficou mais conhecido para o futuro


Hermínio de Freitas Nunes, um historiador a sério: rigoroso… Intelectualmente honesto, e frontal.
“As famílias, Barreto e Mano, não foram patriarcas de coisíssima nenhuma no que toca á historiografia da fundação da Cova.
Como expliquei na ocasião da homenagem ao Cap. Mano, quer os Barretos, quer os Manos, chegaram já com o século XIX avançado.” 
                                      

Segundo as pp. 173-176, etc., do excelente livro do Cap. Mano “Terras do Mar Salgado”, que em 1997 tive a honra de editar, paginar e prefaciar, esse Barreto vindo de Ílhavo deverá ter chegado aos areais ao sul da Foz do Mondego cerca de 1808, quando aí já estava a começar uma povoação cujo primeiro baptizado havia sido feito em 1791, e o segundo [por sinal de um Pata], em 1793).
Temos todos que ser rigorosos, e estar sempre atentos em tudo o que fazemos…
Foi assim que eu conheci, há muitos anos (em 1996), o próprio Cap. João Pereira Mano: com ele a admoestar-me por algo que eu tinha escrito… e, nessa ocasião, nem sequer era simplesmente uma formulação demasiado genérica e embrulhada… era mesmo um erro a sério…! (eu estava a escrever que o CEMAR havia oferecido à cidade um "Barco da Xávega"... em vez de escrever que havíamos oferecido à cidade um "Barco da Arte"…).”

Excerto de um mail recebido do doutor Alfredo Pinheiro Marques, Centro de Estudos do Mar - CEMAR

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