Os pescadores da Praia de Mira são daqueles homens que
trazem a vida marcada nas mãos. São homens que desde há muitos anos se fazem ao
mar com uma coragem imensa para dar de comer aos filhos, sem nunca saberem como
vai ser o regresso.
São gerações e gerações de homens nascidos e criados para
pescarem a sua sobrevivência, enfrentando a força do mar e o seu destino.
Homens que nunca viraram as costas ao mar e às suas gentes.
Que nunca desistiram de sair para o mar para fazer aquilo que é mais do que um
ganha-pão, é a sua vida.
Uma das expressões mais claras das consequências ruinosas da
adesão de Portugal à União Europeia é a destruição do setor das pescas.
Os princípios e objetivos da Política Comum das Pescas são
profundamente gravosos para a economia nacional. Apesar de termos a maior zona
económica exclusiva da Europa, aos pescadores portugueses é vedada a possibilidade
de exploração adequada e justa dos nossos recursos naturais. Ao longo dos anos,
sucessivos governos do PS, PSD e CDS promoveram o abate das embarcações e a
abertura da zona económica exclusiva a frotas estrangeiras, concretizando uma
política criminosa para o país.
Os pescadores da Praia de Mira, uma crónica de Rita Rato, deputada do PCP.
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