foto Jorge Lemos |
Só um instante breve, para vos dar conta de mais um número da grande
produção em cartaz Carnaval Figueira 2013, da nossa brincalhona autarquia, através desse gigante da organização de eventos em final de
carreira, que sustentámos ao longo dos anos, que se designa por Figueira Grande Turismo.
Lembremo-nos sempre de que o povo é quem mais
ordena, e a maioria “corre” para lá
sempre que há Carnaval.
O mesmo povo que vai a correr aos Carnavais, para
o mês que aí vem, Março, primeiro, vai abrir a boca, tal o espanto, e a seguir, lamentar-se, pela conta do IMI que lhe vai aparecer na caixa do correio…
Mas não vai fazer mais que isso...
Lá mais para o fim do ano, vai votar nos mesmos do costume.
Por estes lados, vota-se por fé, pura, autêntica, mais divina do que
aquela que leva os crentes à igreja. Personalidades ou projectos, são irrelevantes,
se não mesmo um problema, porque dão que pensar, e isto de pensar, já se sabe,
pode provocar dores de cabeça ou, coisa pior, em cabeças que cultivam a
felicidade que provém da ignorância e do comodismo.
Em tempo.
Há poucas coisas em que sou realmente bom. Uma delas, ao que dizem, é a dizer mal de quase tudo e mais alguma
coisa...
Sou incapaz de me calar. Não tenho noção de timing, etiqueta,
conveniência que me sustenha…
Acho que está mal: não gosto - é na hora, logo, sem paninhos
quentes, pimba.
Esta minha – digamos assim -, para alguns, “anomalia comportamental”, a que eu prefiro
chamar frontalidade e coerência, já me “lixou”
a carreira várias vezes.
Na opinião de alguns, não sou realista, não sou razoável, espero o impossível...
No entanto, apesar de todo este radicalismo fundamentalista
- sim, também há muita boa gente que me acha um fundamentalista - há uma coisa de que
eu me recuso a dizer mal como um todo: da Figueira.
Para quem conhece a Figueira há muito, é líquido que nos últimos anos a degradação da
classe política, a mediocratização das elites influentes e o progressivo abandalhamento
dos diversos poderes, são factos indesmentíveis.
Do meu ponto de vista, constitui um erro de análise julgar o todo por aquilo que
se vê.
Aquilo que se vê - que não é a realidade - é o que a comunicação
social publica.
Aquilo que a Figueira tem realmente de importante, não é o
passado, não é o presente - é o futuro.
E, essa, é uma luta que tem de ser travada.
Há lutas e causas que eu não sei, sinceramente, se podem ser ganhas, mas também há lutas e
causas que não podem deixar de ser lutadas…
Eu, o tal que alguns dizem, dizer mal de tudo e mais alguma coisa, acredito
que a Figueira ainda tem ponta por onde se lhe pegue!..
Os anos estão a passar. Já tenho alguns cabelos brancos…
Se calhar, continuo o mesmo ingénuo e lírico de sempre...
Se calhar, continuo o mesmo ingénuo e lírico de sempre...
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