terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A situação financeira da câmara municipal da Figueira da Foz...


O Município da Figueira da Foz, à semelhança de muitos outros por este país,  está sufocado financeiramente.
Em 2011, contraiu junto da banca, um empréstimo de 31 milhões de Euros para pagamento de dívidas a fornecedores, numa operação designada como “saneamento financeiro”.
No final de 2011, a sua dívida total (sem considerar as dívidas das empresas municipais) atingia um valor de 60 milhões de Euros. Contando com as empresas municipais, esse valor deveria rondar os 90 milhões de euros.
Em 2012,  contraiu um novo empréstimo de mais um milhão de Euros. 
Não é preciso ser muito perspicaz,  para saber que isso compromete o nosso futuro.  
A despesa do serviço da dívida,  em 2012,  atingia um valor à roda de 7, 5 Milhões de Euros. A partir de 2014, o serviço da dívida deverá  chegar a  um valor superior a 9,0 milhões de Euros por ano, quando tiver que começar a amortizar o atrás mencionado empréstimo de 31 milhões. 
Para se ter uma ideia de quanto isto pesa e pesará no Orçamento municipal, refira-se que, sem contar com eventuais fundos comunitários disponíveis, o Município da Figueira tem  (e deverá ter no futuro), capacidade para arrecadar uma receita anual total à volta de 32 a 33 milhões de Euros.
Como todos sabemos, a responsabilidade da governação do município,  entre 1996 e 2009,  pertenceu ao PSD/PPD. 
Primeiro com Santana Lopes (um mandato) e depois com o eng. Duarte Silva (dois mandatos)
Antes e depois, nestes 39 anos de regime democrático, a gestão pertenceu ao PS...

Em tempo.
Toda a gente sabe que um colectivo é um grupo de pessoas que pensam pela sua própria cabeça.
Um colectivo é  expressão de cidadania, de exigência, de participação.
Toda a gente sabe que um rebanho é um bando que segue o primeiro -  não forçosamente um líder  não uma ideia, apenas o primeiro que lhe calhou em sorte. Em  rebanho não se pensa, não se decide, não se exige, não se questiona - segue-se ao sabor do acaso, ou então da vontade daquele que vai à frente.
Os colectivos defendem-se, porque sabem que sua força reside no número e sabem também que se algum cair, outro ocupará o seu lugar, os colectivos existem porque a união dá força às ideias e as ideias com força, dão razão de ser aos actos que fazem da vida a verdadeira luta.
Os rebanhos têm pastores que os guiam. Outros que os guardem. Num rebanho se algum cai os outros fogem e abandonam-no  à sua sorte.
Um colectivo alimenta a sua própria vida, um rebanho apenas alimenta a vida dos seus predadores.
Um rebanho é a preguiçosa estupidez que se desloca sem nexo, ao sabor das circunstâncias.
A sua pequenez é insuportável, o seu alheamento imperdoável, os seus malefícios irrecuperáveis.
Espero que a  Figueira deixe de ser um rebanho e se aproxime mais de ser um colectivo...

1 comentário:

  1. pois...todos nós sabemos que o Santana Lopes deixou dívida e não foi pouca mas para sermos honestos também temos de admitir que a obra foi demais,queriam piscinas,foram feitas nalgumas aldeias mais afastadas,foram abertas novas vias e o quê mais?desvios de dinheiro? alguém tem tomates para o provar? e no tempo do PS ? foram feitos projetos no papel que não passaram disso mas gastaram milhares de contos segundo as notícias da altura...e um foi o do aeroporto a sul do orbitur que custou segundo reza a história a módica quantia de 30.000 contos o que era bastante dinheiro mas não passou do papel...e a zona industrial? afinal como é que segundo parece,era da câmara e estava na posse de privados?tal como hoje já se sabe a podridão que foi sendo feita,bom seria haver tomates e força de vontade nos portugueses para exigir aos responsáveis que prestassem contas daquilo que fizeram mas alguém acredita que o zé povinho perde tempo com isso?com diz o velho ditado,falar de barriga cheia é fácil e outro ditado pode ser dito,não atires pedras ao vizinho que também tens telhas de vidro,o que quer dizer que poucos se podem gabar de não ter pecados...

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