foto Pedro Agostinho Cruz |
Nos meados do século passado, ao que dizem, foi uma cidade
cheia de pujança social, económica e cultural.
Nos dias que passam, porém,
apesar da sua inigualável beleza, parece estar moribunda.
Há quem culpe Aguiar de Carvalho, há quem não desculpe
o "traidor" Santana Lopes e a falta de realismo do falecido
Duarte Silva, como os principais culpados do estado a que a Figueira chegou.
Há, também, quem aponte já o dedo a José Ataíde, por ter invertido a deriva despesista, acusando-o de ter abandonado a Figueira
à sua sorte, ao negar o apoio a alguns projectos mal amanhados que vinham de anteriores mandatos.
Independentemente das culpas que possam caber aos autarcas
que têm servido (mal ) a cidade e aos governos que a têm prejudicado, a verdade
é que os figueirenses também pouco têm
feito para evitar o descalabro actual.
No tempo de Sócrates, perdemos a maternidade. É certo que
alguns figueirenses se levantaram e
protestaram, mas de pouco valeu. A maternidade foi mesmo encerrada.
Isso, foi simbólico.
No final do ano passado, a Figueira perdeu o seu jornal mais
antigo – o Figueirense – e nada aconteceu para tentar contrariar o destino.
É certo que, ao longo dos anos, outros títulos desapareceram,
no essencial, também por desinteresse
dos figueirenses. Recorde-se alguns, nos
últimos 30 anos: Barca Nova, Mar Alto, Correio da Figueira, Linha do Oeste e,
agora, o Figueirense.
A razia foi de tal maneira que, neste momento, restam A Voz
da Figueira e O Dever…
Os figueirenses têm orgulho – presumo eu - na Biblioteca e no Museu municipal, no CAE,
no associativismo, no Casino, como
exemplos de uma cidade voltada para o lazer e para cultura.
Gostam - também presumo eu - da Naval, do Ginásio, do Sporting Figueirense da SIT, do Caras Direitas, do GRV, da Cruz Vermelha, dos Bombeiros
(municipais e voluntários), da Assembleia Figueirense, da Misericórdia - e do papel destas entidades em defesa da promoção da solidariedade e do progresso social, associativo, desportivo
e social da cidade e do seu concelho.
Mas isso chega?
Ter orgulho em exibir algumas jóias da coroa, como prova de vitalidade, é próprio de famílias arruinadas que se
agarram a elas para demonstrar que ainda estão vivas.
A Figueira está moribunda, agarrada a um bairrismo
provinciano completamente ultrapassado.
A Figueira precisa de gente que goste da cidade, que a ame e
a queira voltar a colocar no mapa de forma sustentada e com dignidade - não como uma moda.
pergunta, que faz a dita élite intelectual, económica, etc. nada.
ResponderEliminarConcertos de música, provas desportivas(remo, natação, etc, nada) O santo estado, neste caso Câmara é que inpulsionam tudo e com fracos resultados. O que se faz pouco público tem, em tempos ainda havia as Jornadas de Teatro Amador, continuam?
O figueirense acomodou-se, utiliza a liberdade, que ainda tem, de comentar e falar, mas participar não, quando se trata de defender algo que está em causa e de interesse geral, o figueirense está ocupado. Assiste-se há morte lenta de instituições, associações e eventos, de interesse e tradições locais, Sem movimentos de unidade em defesa, não dos seus interesses, mas sim do seu concelho. A victoria está na unidade, a conquista é o resultado da luta.
ResponderEliminarMario Bertô
O figueirense acomodou-se, utiliza a liberdade, que ainda tem, de comentar e falar, mas participar não, quando se trata de defender algo que está em causa e de interesse geral, o figueirense está ocupado. Assiste-se há morte lenta de instituições, associações e eventos, de interesse e tradições locais, Sem movimentos de unidade em defesa, não dos seus interesses, mas sim do seu concelho. A victoria está na unidade, a conquista é o resultado da luta.
ResponderEliminarMario Bertô
O figueirense acomodou-se, utiliza a liberdade, que ainda tem, de comentar e falar, mas participar não, quando se trata de defender algo que está em causa e de interesse geral, o figueirense está ocupado. Assiste-se há morte lenta de instituições, associações e eventos, de interesse e tradições locais, Sem movimentos de unidade em defesa, não dos seus interesses, mas sim do seu concelho. A victoria está na unidade, a conquista é o resultado da luta.
ResponderEliminarMario Bertô