sábado, 3 de novembro de 2012

O emplastro do jornalismo on linne figueirense...


Um dia destes,  fiquei surpreendido com um post de Jorge Lemos sobre os emplastros do “jornalismo”, deduzo que figueirense.
Escreveu ele. Passo a citar.
“Eu sei cozinhar umas coisas, mas não sou cozinheiro. Sei fazer curativos, mas não sou enfermeiro. Sei coser, mas não sou alfaiate. Tiro umas fotos, mas não sou fotógrafo.
Mas tenho uma carteira profissional de jornalista.
Que me confere direitos, mas também deveres e responsabilidades.
E por que raio é que alguns iluminados, que escrevem umas coisas sem qualidade e a...cima de tudo, sem responsabilidade do que editam, se intitulam jornalistas?
Ou dizem ter um jornal?
Onde está a ética e respeito por uma profissão?
A empresa para onde trabalho paga as suas responsabilidades sociais.
Eu pago, e não é pouco, pela carteira profissional.
Pior do que estes emplastros do jornalismo, são os que os convidam para conferências de imprensa!
E os convites partem, muitas das vezes, de instituições públicas!
A dar cobertura a uma concorrência ilegal e desleal!
Mas anda tudo doido?”
Se calhar, Jorge, se calhar…
Pelo que percebi, o Jorge está indignado com o “palhetas” desta Figueira. E com razão.
Mas, olha Jorge, não sendo o teu caso (sem desprimor para ninguém, considero-te o melhor e o mais honrado jornalista que exerce a profissão na cidade da Figueira da Foz), eu, que já considerei  o jornalismo uma profissão nobre, democratizante, útil para a democracia e de alguma maneira reguladora de um determinado sentido humanista para a sociedade, neste momento, já não sou tão optimista.
Na realidade, a nível local e a nível nacional,  em geral considero que a maioria dos  jornalistas não passam de meretrizes histéricas ao serviço do gajo que, pontualmente,  paga mais. Assistimos, hoje em dia, àquilo que de mais básico o jornalismo tem para oferecer à sociedade: a vulgaridade, a javardice bacoca, a exploração da miséria humana e o gosto pela audiência.
O jornalista transformou-se numa “prima dona”  vaidosa, cuja única razão de existência é o share  televisivo ou venda média em banca.
O essencial,  não é a produção de informação que vise o esclarecimento e a verdade, mas sim enviezar e distorcer a opinião pública em função do grupo económico, ou do interesse político, que lhes paga a sopa.
Neste momento, não tenho nada contra  que se peguem em quase todos os jornalistas deste país e que os ponham a render em Monsanto ou, em versão caseira, na mata da estrada da Leirosa,  onde o putedo possa levar a cabo a sua função de servir de válvula de escape para os males e stress deste mundo.
Jorge, meu caro Amigo: pior que a esmagadora maioria dos jornalistas que conhecemos, só mesmo os emplastros do “jornalismo”.

1 comentário:

  1. Ó meu caro amigo, não personalizei este ou aquele "projecto". Estes casos notam-se um pouco por todo o país. Tenho falado com alguns colegas fora da Figueira e o cenário é o mesmo. Apenas, e isso mantenho, sou contra os que tentam (e fazem) fazer disto "profissão" sem cumprir as obrigações. Utilizam canais ilegais para atingirem os seus propósitos.
    De resto, agradeço bastante os elogios que me dirigiste. Esta simpatia, sabes bem, é recíproca.

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