Em vésperas de inaugurar uma exposição de caricaturas e de esculturas, o Fernando esteve recentemente de visita às Caldas da Rainha,
segundo ele, “em busca de, enfim, algo específico para construir uma das suas peças.”
Apesar de, certamente por mera coincidência, ter ido às Caldas “em dia de feira da fruta” não deixou “de visitar o maior artista português de todos os tempos, e assim, de certo modo, pedir-lhe a bênção.”
A prova está nesta postagem, do lado direito. A filha do Fernando,
que sabe do apreço que ele tem pelo Bordalo, fez a foto.
E cá vemos o Fernando, em pose, o mais dignamente que lhe foi possível. Nota-se que está “um tanto contrito e intimidado, para gáudio de Bordalo que, por detrás do monóculo e do bigodão, parece estar particularmente divertido.”
Meu caro Fernando: pese
embora a tua natural modéstia, deixa-me felicitar-te pelo teu bom gosto humorístico. Não é amiúde que
encontramos alguém que saiba apreciar uma alma verdadeiramente talentosa como o
“nosso” Raphael Bordalo Pinheiro, que
com o traço irreverente e satírico construiu uma galeria de figurões
políticos e financeiros "de todos os mil grotescos que por ahi fervilham
como formigas num assucareiro", intervindo decisivamente na demolição das
estruturas caducas duma monarquia decadente e na rápida ascensão e propagação
dos ideais republicanos.
Mas, cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. A
política continua uma “grande
porca”. Nos chamados partidos do chamado
“arco do poder”, todos querem é mamar.
E como não chega para
todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma
teta...
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
Ah, quase me ia esquecendo do pormenor, que presumo importantíssimo...
"O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá."
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