Li, com a atenção de sempre, a crónica de hoje de António Jorge Pedrosa no Diário AS BEIRAS…
O governo Passos Coelho/Paulo Portas também é o resultado da
democracia, pela qual alguns – com sacrifícios de toda a ordem, inclusive com o
sacrifício da própria vida - se bateram
para conseguir e da qual, nos dias que passam, a grande maioria dos cidadãos portugueses resolveram alhear-se, com o argumento propagado pelos que nunca foram seus adeptos, e que se resume na frase: “Eles
são todos iguais”.
Cuidado...
Claro que os políticos não são todos iguais.
Esta mentira dita numa sociedade – como a
portuguesa - pouco familiarizada com a democracia e a liberdade, pode levar a que a democracia se transforme num
simulacro democrático.
Por este caminho, poderemos desembocar onde penso não
interessar: acabar por colocar em causa o próprio regime democrático resultante
da “insurreição armada” do 25 de Abril de 1974.
Não somos todos iguais.
E os políticos também não são todos
iguais…
Partidos, ou
movimentos políticos diferentes, por conseguinte, não podem exercer as mesmas políticas.
Concretizando, para ser mais transparente o meu raciocínio: para mim, é fácil de entender esta política
do PD/PSD/CDS, à boleia da troika.
É a sua matriz histórica. E de classe.
Agora, por exemplo, a meu ver, o PS, quando está no poder, ao executar a mesma política, está a trair o seu eleitorado, ao realizar políticas para que não tinha mandato.
Está a trair a sua matriz histórica. E de classe.
Do meu ponto de vista, o PPD/PSD/CDS estão a fazer aquilo que deles esperava.
O PS, ao fazer o mesmo, quando esteve no Governo, traiu a confiança de quem o olha como um partido democrático e de esquerda.
Por conseguinte, sem berros e no tom mais ameno que é possível, como eleitor e espectador o mais atento que me é possível da política local, deixo explícito que continua a ser-me difícil entender o “negócio figueirense" PPD/PSD/100%.
Aceito que a falta de visão seja minha…
Mas, confesso...
Achei-lhe muita piada.
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