“Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como
Primeiro-Ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto: esta
história não acaba assim. Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito…”
Pelo discurso, que é o que conheço dele, considera-se um homem e um líder carismático, que se mantém fiel aos
princípios sem transigir, que pensa que infunde respeito e admiração aos seus
seguidores, sem temer os seus adversários e sem
medo de morrer, sem medo de fazer rupturas, sem vida para além da ideologia que aprendeu a
amar, sem uma única dúvida visível.
Pelo discurso, que é o que conheço dele, considera-se um
homem e um líder carsimático, cujo traço é o da firme coerência e a determinada fidelidade às suas convicções de
sempre.
Esse homem é Pedro Passsos Coelho.
Vou fazer uma confissão: estou com medo deste Portugal que
caminha a passos largos para a loucura
colectiva…
Sem querer entrar na morbidez, gostaria só de partilhar que,
na sexta-feira, ao escutar o discurso de Passos Coelho, olhei para o televisor e não gostei de dar
conta da decadência mortal e moral do orador.
Explico porquê: o mundo de decadência estática, que vi à
minha frente, enojou-me.
A decadência, é
suposto ser uma coisa boa, à grande e à Romana.
Com cachos de uvas a escorrerem pelas goelas abaixo regadas
de vinho e outras actividades lúdicas que me abstenho de descrever, por razões de respeito para com as pessoas que amei durante a minha vida.
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