foto sacada daqui |
Pelos resultados obtidos, até agora, a melhor maneira de ainda vir concretizar tudo
isso é promover ainda mais a emigração.
Com gente a emigrar ainda em maior número, teremos menos povo a encher hospitais, a
pedir subsídios ou a fazer despesa ao Estado. Poupa-se no Serviço Nacional de
Saúde, poupa-se na Educação, poupa-se na Segurança Social (incluindo o subsídio de funeral).
É só poupar.
Depois, exporta-se aquilo que cada vez há mais:
desempregados.
Ao exportar, assim em massa, não só diminuímos o desemprego, como ainda se
melhora a balança de pagamentos, quer pelas próprias exportações, quer pela remessa de poupanças dos emigrantes
para Portugal.
Para gente eventualmente resistente e teimosa,
que a há sempre, transforma-se este torrão à beira mar plantado numa pequenina China, pondo-os a produzir 24 horas por dia, por meia dúzia de tostões, para sermos competitivos e poder vender ao mundo.
Seremos um povo
pobre, cada vez mais pobre, “corno manso”,
cada vez mais “corno manso”, triste, com a tristeza de sempre, mas a fabricar para o mundo.
É este o modelo.
Por mim, já me estou a ver orgulhoso como ó caraças do meu país, a trabalhar até aos 80 anos, dez horas por dia, por 400 escudos por mês.
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