Hoje no Público, Passos Coelho diz que “portugueses já não estão perante o abismo”.
Este título lembrou-me Passos a parafrasear um português qualquer, a contar a anedota que quase todos conhecemos: “já não estamos perante o abismo, demos o passo em frente'".
Mas, aquilo que Passos Coelho diz hoje no Público não é para rir, nem é nenhuma anedota.
“Para esta gente o 25 de Abril (ainda não decorreram 40 anos) nunca existiu e, se existiu, é preciso apagá-lo rapidamente da História. E isso passa por remeter Portugal para os níveis de pobreza e de iliteracia do Estado Novo, apostar definitivamente num capitalismo de cartéis adocicado pela doutrina social da Igreja, desvalorizar o valor da força de trabalho e transformar o emprego num sucedâneo da escravatura, favorecer um movimento sindical dócil e transformar a Assembleia da República num parlamento fantoche sancionado por pretensas eleições.”
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