Por isso mesmo, acredito, piamente, que vá para que partido for, depois de deixar de ser presidente de junta da vila de São Pedro, vai continuar a ter o apoio politico da maioria da população local!...
"Contrariando alguns profetas do mal, o molhe norte não nos causou nenhum estrago. Mais: eu posso dizer que a construção do molhe norte tornou a estância balnear do Cabedelo, mais abrigadinha… E a famosa onda do Cabedelo já estava um bocadinho perdida. E não sei se foi o molhe norte que a fez desaparecer… Eu penso que foi mais a cabeça do molhe sul … Aliás, vivo há 60 anos à beira mar e sei que a erosão costeira é cíclica... Este ano não tivemos inverno, de maneira que não houve grande erosão na nossa costa….”
Pois…
Isto vou dizer eu, que já vivo há quase 60 anos à beira mar: também todos os anos, desde há oito séculos, os portugueses surpreendem-se com a queda de neve na Serra da Estrela, celebrando cada nevão como se fosse o primeiro!..
Passando à política, pura e dura, disse o entrevistado.
"A minha matriz é socialista, embora eu entenda e compreenda que hoje PS e PSD se confundem..."
Pois!..
Isto vou dizer eu, que vivo na Aldeia da Cova-Gala: o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, nunca teve um rumo, precisamente porque nunca teve convicções políticas. Sem elas, mesmo que difusas, a obstinação transforma-se em teimosia. Parafraseando Lenine: “não teve firmeza na estratégia nem flexibilidade na táctica”.
Nota de rodapé.
É impossível realizar uma entrevista sem proferir palavras. Em geral há muitas, neste caso concreto, houve, talvez, demasiadas.
Em vez de respostas breves e sintéticas, tivemos longos discursos. Quem conhece o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, sabe que a sua “massa” é mesmo essa. A sua natureza, impõe que a cada palavra proferida, haja sempre, pelo menos, outra, que ajude a explicar a primeira.
Quem ouvir a entrevista com atenção, dá conta disso facilmente.
O interessante, é que, aparentemente, sem se preocupar com o enquadramento temático que cada pergunta específica necessariamente estabelecia, foi proferindo a primeira palavra, e a segunda, e a terceira, e por aí adiante, qual pássaro a quem foi aberta a porta da gaiola, sem saber muito bem, ou não o sabendo de todo, aonde as palavras o poderiam levar.
Falar, assim, pode tornar-se numa aventura perigosa, pois, discursar para uma plateia fora da freguesia da vila de São Pedro, pode dar azo a que o discurso, em lugar de se limitar a iluminar e dar visibilidade ao que, fora de portas, interessava ao próprio, acabar por revelar, o que, para já, pretendia manter oculto, ou, apenas, intuído ou pressentido, e que, de repente se torna numa evidência insofismável.
Gostei muito desta entrevista, muito bem conduzida pelo J´Alves...
muito bem retratado, melhor não poderia ser
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