António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 6 de setembro de 2011
A vida é assim...
Aquele ar vago e perdido de menino criou um mito que perdura até aos dias de hoje.
Foi assim que ficou na nossa memória o seu encontro com a eternidade.
Tinha 24 anos de idade, uma estrada ainda longa para percorrer, mas o destino quis que tivesse uma vida fugaz!..
Mais recentemente, em Portugal, Angélico, um dos James Deans à portuguesa, a quem a série Morangos com Açúcar, da tvi, permitiu o rápido acesso ao estrelato doméstico e à efemeridade da fama, também desapareceu violentamente num acidente.
Tinha 28 anos de idade, uma estrada ainda longa para percorrer, mas o destino quis que tivesse uma vida fugaz!..
Foi assim que estas duas figuras públicas ficaram na minha memória…
No passado domingo, dois jovens que faziam parte do nosso quotidiano, Sandro Ferreira, de 27 anos e residente na Cova Gala, e Ricardo Mesquita, 25 anos, da Costa de Lavos, tiveram morte imediata num despiste de automóvel.
Por que é que a realidade também tem de ser assim?..
O Sandro tinha 27 anos e o Mesquita 25, tinham uma estrada ainda longa para percorrer, mas o destino quis que tivessem uma vida fugaz!..
A vida não teria de ser assim…
Mas, a vida é mesmo assim...
Sentidas condolências às famílias enlutadas.
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
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O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Como é possível a vida ser tão madrasta para certas pessoas?
ResponderEliminarSó quem perdeu já um filho, sabe dar o verdadeiro valor a este sofrimento.
Há que apoiar-mos todos os familiares neste momento tão dificil.
Um abraço muito grande dos amigos
Familia Manuel Capote