foto de Pedro Cruz
Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar
Sophia de Mello Breyner Andresen
A vida não tem sido fácil para mim.
A vida não tem sido fácil para mim.
A minha vida tem sido simplesmente feita de etapas, algumas confortáveis, outras nem por isso, alguns rasgos de sorte entremeados com alguns azares.
Aos 57 anos, posso dizer que me esforcei minimamente para atingir os meus objectivos.
Sou um felizardo. Sempre fiz o que quis e obtive o que verdadeiramente ambicionei.
Tive algumas desilusões, não muitas, pois raramente tive ilusões.
Escapei por um triz a uma guerra horrível e vivi uma revolução.
Tenho apenas uma lembrança mais do que dolorosa - penosa: a morte do meu Pai em 1974.
Não tenho traumas, raramente tenho insónias e não penso muito no futuro.
Tive alguns desgostos de amor.
Já não sou novo, mas as mulheres continuam a gostar de conversar comigo.
Continuo a ver a vida pelo lado optimista.
Continuo a pensar que devemos estar disponíveis para sermos felizes.
Continuo a considerar-me um tipo bem disposto.
No fundo, a vida é para ser vivida um dia de cada vez.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.