"Dentro do meu país existem várias nações e eu pertenço a umas quantas. Mas aquela que me é mais querida é, confesso, a do bodyboard. É uma nação complicada, cheia de quezílias e polémicas e mesmo algumas invejas. Só isso explica que sempre que alguém faça alguma coisa em prol da modalidade se levantem sempre 20 vozes críticas por cada uma que apoia.
Se acham que exagero, vejam-se os casos do Circuito Nacional de Bodyboard, levantado do chão a muito custo por uma mão-cheia de voluntários e num ano em que a carestia financeira corta as vazas um pouco por todo o lado. Ou até o Mundial de Sintra que, estou agora a perceber melhor, é pouco menos que um milagre anual. Não digo que não se critique. Quem me costuma ler, sabe bem que sou o primeiro a apontar o dedo a alguns disparates. Mas depois tento ajudar a remediar os que posso.
E, todavia, depois destas guerras, há coisas que me enchem de orgulho e que restauram a minha fé nesta nação das pranchas curtas e barbatanas coloridas. Coisas como o festival de ondas que agora decorre na Figueira da Foz. Esforço, criatividade, muito boa vontade e alguma imaginação serviram para promover uma festa que, não sendo um primor no que diz respeito à qualidade das ondas (nem seria esse o principal objectivo), mobiliza alguns milhares de pessoas, entre atletas e público e a grande família do bodyboard para um objectivo comum: divulgar o bodyboard.
É por estas coisas que tenho de agradecer à organização deste SEAT Figueira Junior Wave Fest 2011; ao Nuno Trovão, ao Pedro Cruz e a todos os outros que não conheço mas com quem partilho um vínculo não escrito.
Por me devolverem a fé através destes bons exemplos, muito obrigado."
Sacado daqui
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