terça-feira, 3 de agosto de 2010

O pião... Ai que saudades, ai, ai!..

Na minha meninice, ai pelos anos 60 do século passado, o jogo do pião era praticado pela garotada de então, em vários locais da Gala. Sobretudo, no Largo das Alminhas, lado sul/nascente, junto a uma velha cabine eléctrica, já demolida, mais ou menos no local onde hoje está a porta de entrada norte da pastelaria, que funciona no prédio construído há pouco mais de uma dúzia de anos, que deu lugar à casa alta deitada abaixo, onde chegou a funcionar a sede do Desportivo Clube Marítimo da Gala.
O jogo era praticado, fazendo uso de um pião de madeira e cerca de um metro de guita (cordel).
O pião era envolvido com a guita, a partir do bico, e depois lançado ao chão, com o objectivo de o colocar a girar ou bailar o mais tempo possível.
De harmonia com as diversas variantes que o jogo podia assumir, desenhava-se um círculo no chão, com um diâmetro pelo menos igual ao comprimento da guita e utiliza-se para o efeito o bico do pião. Aí eram lançados os piões com o objectivo de retirar do círculo os piões adversários. Alcançado o objectivo, o pião vencido levava tantas bicadas dos outros piões quantas as combinadas previamente.
Outra maneira de brincar ao pião, era a própria guita ser utilizada para retirar o pião ainda em movimento rotativo de dentro do círculo.
Todavia, aquilo que gostava mesmo era de colocar o pião a girar na palma da mão!..
Ai que saudades, ai, ai!..

2 comentários:

  1. Já agora e em jeito de informação, no Porto a guita tinha o nome de "faniqueira".

    ResponderEliminar
  2. Muito obrigado, pois desconhecia que faniqueira, no Porto, é (ou era, não sei se os putos por lá ainda brincam com piões, por aqui é muito raro..) a guita...
    abraço

    ResponderEliminar

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.