"Alguns destes estádios não vão estar em posição de cobrir gastos. Vão dar prejuízo", disse no passado mês ao diário "Mail & Guardian" o economista Stan du Plessis, da Universidade de Stellenbosch. Antevia já a ressaca económico-financeira dos 10 estádios renovados (quatro) ou construídos de raiz (seis) para a "festa" do Mundial de Futebol. Segundo notícias ontem divulgadas, o governo da África do Sul terá investido cerca de 2,6 mil milhões de dólares (assim a olho, algo como 3 mil milhões de euros) nos estádios do Mundial, dois deles nas pequenas cidades de Nelspruit e Polokwane, que apenas receberam quatro jogos da fase de grupos, despesas que muitos analistas consideraram completamente insensatas. Se substituirmos "Mundial" por "Europeu" e "Nelspruit e Polokwane" por "Aveiro e Leiria", "Faro e Bessa" ou outros nomes familiares, descobriremos que a História Universal da Insensatez se repete. E que governos a auto-propagandear-se e a alimentar amigos e empresas do regime à custa de obras faraónicas e inúteis a pagar pelos contribuintes não são, como poderia pensar-se, um exclusivo africano."
Manuel António Pina, JN
E, agora, que vai fazer o governo sul-africano?..
Talvez, quem sabe, telefonar a um especialista português, para tentar saber como se lida com estes “elefantes brancos”, a seguir à realização destes chamados grandes eventos futebolísticos internacionais!..
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