A vida passa depressa, mas penso que ainda não foi há muito tempo, que a ajudei a ultrapassar um obstáculo, na Avenida 12 de Julho, mesmo junto à casa do meu Tio Adelino, pois, com a sua cadeira de rodas, continuava a percorrer os caminhos da aldeia...
Há momentos, ao visitar o blogue COVA GALA ... entre o rio e o mar, fiquei a saber que a “Estrela Pereira dos Santos, mais conhecida como a Coxinha da Gala, aquela que já nos anos 60 vendia pevides e freiras, junto à capelinha das alminhas (precisamente no sítio onde agora colocaram aquelas caixas assinaladas no círculo vermelho) partiu, voou mais alto para nunca mais voltar...”
Tal como o João Catavento, sempre a conheci assim: “sorriso meigo, cabelo branco, corpo franzino e com limitações físicas desde criança.”
“O seu olhar profundo e terno, não deixava ninguém indiferente..."
A “Coxinha”, como ternamente a conhecíamos, não mais me vai perguntar: “então menino, como está a tua mãe.”
"Há um sentimento de vazio nas ruas da minha terra.” Até um dia destes...
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