segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A política figueirense

Depois de reflectir, Luís Tovim “renunciou ao mandato de deputado municipal”.
Quanto a mim, fez o que tinha a fazer: o que estava em causa, era a sua credibilidade e postura pessoal.
Como diria Odorico Paraguaçu, “a sem-vergonhice” de que foi alvo, por parte dos seus correligionários de partido, na passada sexta-feira, só pode ter sido mesmo por uma mera e casuística questão pessoal…
Alguém tinha dados, para se pronunciar, politicamente, sobre Luís Tovim?..
Que haja políticos que vivam “nesta política”, não me espanta. Assim como não me espantou mais esta “chapelada”, desses tais políticos, que vivem nesta política. A vida política figueirense, no essencial, tem-se resumido a isto nos últimos vinte ou trinta anos: a organizar “chapeladas” e a conspirar em jantares e almoços, a promover nomenklaturas locais e a estudar colocações políticas…
O que esteve sempre em jogo nestes 30 anos passados, foram (e continua a ser) os pequenos interesses, a falta de ligação às pessoas, o desprezo pelo cidadão, o desprezo pela ideia de participação democrática.
Democracia, sim, mas controlada e manejada consoante a feição dos interesses.
Uma vergonha... Uma vergonha, que vai continuar a dar mais vergonhas...

3 comentários:

  1. "Traição socialista", diz o jornal. Mas não é a traição o que o "ps" mais pratica?

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  2. Apenas mais um exemplo do nível destes politiqueiros, que infelizmente dominam a politica local e nacional. Infelizmente este é mais um episódio para desmotivar as pessoas cuja participação politica apenas tem o objectivo do bem comum (caso do Luis Tovim).
    Não sei, porque não vivi essa época, mas talvez seja necessário uma espécie de 25 de abril, para limpar o país desta corja que nos vai afundando. Não podemos (melhor, não deveriamos) ter pessoas com este nível de postura e falta de estrutura moral a desempenharem quaisquer cargos públicos.
    P.S.: Um abraço ao Tovim, e a esperança que deverá valer apena continuar a lutar.

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  3. qual democracia? só existe democracia no acto eleitoral. depois disso a democracia vai às urtigas, experimente pedir esclarecimentos sobre situações que ache menos correctas por parte de qualquer poder instalado e vai ver a resposta que tem? é tudo segredo, tem de mostrar que é parte interessado na questão, o facto de pagar impostos não lhe dá o direito de ter acesso, informação sobre a questão a não ser que o lese directamente .

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