Se esta notícia for verdade, isto pode continuar a chamar-se “inveja social”?
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Como se vai chamar agora a isto?..
Se esta notícia for verdade, isto pode continuar a chamar-se “inveja social”?
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
A inveja é um termo utilizado, não poucas vezes, de forma eufemística, para defender certos "intocáveis políticos" por forma a desvalorizar "crimes de colarinho branco", vulgo, "roubalheira". Mas, atendendo às circunstâncias os portugueses têm cada vez mais razão para ter inveja. Só é pena que este sentimento seja interiorizado da pior maneira, isto é, não como uma manifestação legítima de criticar actos ilícitos, mas como frustração de não poder fazer o mesmo que os tais "intocáveis". Só assim de compreende que a corrupção continue a proliferar no nosso país, na maior parte das vezes, impunemente.
ResponderEliminarOs brasileiros sintetizaram esta forma de estar da seguinte maneira:
"me rouba que eu gosto!?"...