sábado, 27 de junho de 2009

Que paz e sossego!..

"Presidente, marcou as eleições legislativas para 27 de Setembro".
Todos os partidos ficaram satisfeitos com a decisão do Presidente da República, à excepção do PSD, que também não se importou lá muito...
Conforme o previsto, Cavaco Silva foi previsível e igual a si próprio: tomou a decisão mais fácil e mais cómoda.
Porquê separar as duas eleições?...
Se elas fossem simultâneas, quem quisesse votar nas legislativas iria votar, quer pretendesse votar nas autárquicas ou não.
Com os boletins de voto das autárquicas na mão, poderia preenchê-los e votar também nestas eleições, e vice-versa.
E não me venham dizer que isso era confuso… Recuso-me a acreditar que as pessoas, depois destes anos todos de Democracia, não sabem o que fazem quando vão votar…
Penso que a favor da simultaneidade dos actos eleitorais existiam dois argumentos válidos: haveria redução da abstenção e redução de custos.
Há aqui uma questão de fundo que pesou na decisão de Cavaco Silva: a verdadeira Democracia não serviria para satisfazer apenas a vontade dos partidos, mas para satisfazer também a vontade dos cidadãos.

1 comentário:

  1. Era quanto mim a decisão mais acertada realizar as legislativas e as autárquicas simultâneamente,por muitas e boas razões.
    Realmente faltou coragem política ao senhor Presidente da República.
    Neste País já tão debilitado,bastaria olhar para o lado,onde recentemente também se realizaram eleições no mesmo dia em alguns Países Europeus,com mais poder económico.
    Infelizmente,ou imaturamente continuamos com a nossa embriaguez política,que não dá para abranger mais...pelo menos é essa a sensação que fica.
    Uma muito boa noite.

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