António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 25 de maio de 2009
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Sobrevivência...
ResponderEliminarDe olho largo e aguçado,
diambula docemente..
Baila por um vôo veloz e picado,
atacando sobrevive como a gente..
Porque o mundo as fez como tal,
como nós somos elas tambem são..
atacam de forma letal,
alimentando o ego da sua satisfação..
Pelo o alimento doce e seculento,
salgado por aquele enorme mar...
uma paixão de ser livre ao vento,
e a vida de outros poder desafiar..
Gaivota de traços reais,
Símbolo de um cantinho que é uma das luzes da minha paixão...
Estridente como outras tais,
um dia após outro alimenta uma forte ilusão..
A ilusão de não morrer,
e a um final ter de chegar...
Como quem nasce para nunca desistir,
esbelta e imperial sempre a voar,
Gaivotas da minha terra,
Gaivotas da nossa figueira...
o mau tempo anunciam em terra,
com gritos aflitos e de barulheira..
Por aqui andam e por aqui ficam...
E por aqui continuam a viver,
como quem nasce e se apaixona,
e anseia poder sobreviver...
O Comendador