António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 14 de março de 2009
Ser português, hoje
Hoje, não estou nada optimista.
Ando preocupado comigo próprio.
Não é por nada de especial: apenas, porque vivo em Portugal.
E em Portugal, para quem vive honestamente do seu trabalho, se o presente é difícil (precário, neste período, o considerado activo), o futuro tem horizonte ameaçador e negro (pedinte, daqui a uns anos, quando chegar à reforma).
Enfim, como ainda faltam uns anos, o melhor mesmo, é ir vivendo um dia a seguir ao outro.
Preferencialmente, com expectativa baixa.
Pode ser que a coisa venha a correr melhor do que esperávamos!..
4 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
O tipo da foto é atrasado mental ou é só estúpido?
ResponderEliminarO futuro é negro. Quase tanto como uma certa campanha que, segundo se diz, existe por aí...
ResponderEliminarNegríssimo. Mas agora vou nanar. Amanhã há mais.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
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