quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Uma ponte só para carros?
A nova Ponte dos Arcos, pelos vistos, no essencial, limitou-se a facilitar a vida ao trânsito motorizado.
Das dificuldades dos peões para a atravessarem, podem os leitores dar-se conta clicando aqui e lendo com alguma atenção as explicações do cova d´oiro.
Mas, para além das deficiências e perigos enfrentadas pelos peões, outras lacunas existem que, talvez, também possam ser rectificadas, pois uma ponte construída de raiz, nos dias de hoje, deveria ter sido pensada e planeada para se inserir naturalmente no meio envolvente, e não ser colocada no local a martelo...
Adiante, pois falar agora do atribulado e acidentado processo de gestação desta obra, seria chover no molhado.
Foquemos então um assunto que, do nosso ponto de vista, poderia ser interessante, se a mobilidade fosse um assunto equacionado e pensado a sério no concelho da Figueira da Foz.
Em Setembro passado, foi noticiado que as cidades de Coimbra e Figueira da Foz vão passar a estar ligadas por uma ciclovia, para a qual já está aprovada uma verba de dois milhões de euros, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Sinal dos tempos, pois a procura de alternativas ao automóvel é cada vez mais premente.
Felizmente, há quem privilegie , como forma de estar na vida, a saúde, a sua e a dos outros, em detrimento do conforto automóvel.
Em Coimbra, a ciclovia deverá incluir dois percursos: do Largo da Portagem, em Coimbra, até Montemor-o-Velho/Figueira da Foz; e, em Coimbra, da Portela até à zona do Choupal.
Na Figueira, tirando alguns percursos avulso, nada se sabe de definitivo.
A expansão da ciclovia para sul, apesar do obstáculo da Ponte da Figueira, não me parece impossível. Creio, que num futuro arranjo da margem esquerda do estuário do Mondego, ficaria perfeitamente bem enquadrada uma ciclovia, que poderia passar também pelo salgado da Morraceira, com ligação à Gala e a todo o sul ciclável, pela nova Ponte dos Arcos.
Será, que uma ponte tão espaçosa e airosa (e funcional para todos é?...), que enche o olho, praticamente acabadinha de estrear, apesar da ideia não ter sido contemplada no projecto inicial (como é que poderia ser, se nem os peões mereceram atenção?...) , ainda poderá vir a comportar um corredor ciclável?...
5 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Já agora, por falar em ligações alternativas do sul do Concelho, seria interessante promover a ligação da Leirosa com a Estrada do Atlântico que já liga, pela costa, Nazaré ao Pedrógão e, a breve trecho, se estenderá até à Lagoa da Ervideira e daí ao Osso da Baleia. Neste local vai ser montado um Parque ecológico para caravanas de turismo, que poderia complementar-se com itinerários até às praias a sul da Figueira.
ResponderEliminarVamos fazer um ciclovia de Caminha ao Allgarve e passando aqui pela nova ponte.
ResponderEliminarEste homem tem cada ideia.
Em vez de construirmos um aeroporto ou o TGV, vamos construir ciclovias.
Ai Agostinho, Agostinho.
Ai rapazinho, rapazinho.
Como se diz no Brazil "Cai na Real rapá"
Ciclovia de Caminha ao Allgarve é ideia sua. E até nem seria má...
ResponderEliminarAgora, quanto ao TGV, é bom que fique a saber:
Desde 2005 que há quem alerte para o absurdo do TGV. O Tribunal de Contas da Suécia condenou-o por derrapagens e errados cálculos de utentes num experimental de 40 km. Na Holanda, o povo protesta. Em Espanha, a RAVE tem mil milhões/ano em subsídios. Portugal forneceria só pedra e trolha, pois só empresas de três países têm os certificados exigidos.
Para compensar os 13 minutos a travar, parar e acelerar, mostram os alemães que o mínimo entre paragens é 190km.
Na Suécia, o velho Alfa faz em média 150 km/h com paragens a cada 98km. O nosso novo faz 90 km/h pois há muitos troços com 80, em vez do máximo 220. Corrigi-los custa 200, não 3.000 milhões. A UE apoia também o Aa! A pobre Suécia nomeou um grupo para estudar se terá TGV em 2030, quando deixar de usar crude...
Mas, nós somos mesmo assim. Andar de bicicleta, que horror. Avião e comboio de alta velocidade, isso tá bem....Mais um hotelzito de 18 pisos... Isso tá bem, é o que está a dar...
Mas é mesmo.
ResponderEliminarE claro se unirmos isso a uma ciclovia é só vantagens.
Mas agora não ter infraestruturas hoteleiras, como havemos de tentar levantar a Figueira.
Deixem de ser retrogados, por amor de deus.
Até metem impressão com essa conversa.
E quanto à ciclovia Caminha ao Allgarve era em tom irónico.
Lamentavelmente já estamos habituados a que, em Portugal, os projectos não considerem peões, deficientes, etc., embora a legislação o exija. Como geralmwente os projectistas e construtores são "primos" dos que deviam fazer cumprir as leis, é o que se vê...
ResponderEliminarQuanto ao TGV, claro que não faz falta mais um "alfa". O que faz falta é uma via férrea rápida com a bitola (distância entre carris) europeia, o que não se passa com as ibéricas. Os vagões têm de mudar de rodados na fronteira franco-espanhola. E isso implica construção de novas vias para escoamento de mercadorias (opção ferroviária, contra a rodoviária actual).