Por isso, foi sem surpresa que, um dia destes, li no Jumento, que os políticos e os jornalistas não gostam de blogues.
“O que os políticos odeiam nos blogues, não são os disparates que às vezes vemos, nem são esses blogger que os políticos mais temem. O que eles receiam mesmo é a opinião livre, aquilo a que eles não estão nada habituados, é que o cidadão comum faça chegar a sua opinião a outros cidadãos comuns, sem que essa opinião seja filtrada pelos assessores.”
Aos anos – ainda nem havia blogues – que eu sei o que a casa gasta, pelo País e aqui pela Figueira...
Para os políticos, liberdade é: “os outros pensarem como eles..”
Claro que os blogues vieram estragar um pouco a vida dos políticos.
Mas não só: a vida dos jornalistas, também já teve melhores dias.
O valor do silêncio está como a bolsa: em baixa.
Mas não só: a vida dos jornalistas, também já teve melhores dias.
O valor do silêncio está como a bolsa: em baixa.
Antes dos blogues, os jornalistas podiam calar-se. E, o silêncio, tinha um preço. Agora, porém, na era dos blogues, o silêncio dos jornalistas já não é tão valioso...
E, a Figueira, com todo o respeito e compreensão que possa ter pela difícil vida dos jornalistas locais, é um exemplo tão evidente disto...
No jornalismo figueirense, tem de se obedecer ao politicamente correcto. E, ai de quem pise o risco...
Como qualquer cidadão, o jornalista figueirense, também paga renda, água, luz, tem filhos, gosta de andar de carro, comer fora, etc. ...
E, a Figueira, com todo o respeito e compreensão que possa ter pela difícil vida dos jornalistas locais, é um exemplo tão evidente disto...
No jornalismo figueirense, tem de se obedecer ao politicamente correcto. E, ai de quem pise o risco...
Como qualquer cidadão, o jornalista figueirense, também paga renda, água, luz, tem filhos, gosta de andar de carro, comer fora, etc. ...
Só há uma coisa que ainda não compreendi: a importância que os políticos, também aqui na Figueira, dão aos blogues.
Tal como o José, “continuo convencido que isto não tem grande importância.Tem apenas a importância de um reflexo, fugidio, de uma impressão que fica escrita num texto, num comentário ou num achado singular e que outros, podem encontrar e replicar. E isso acontece, efectivamente, sendo assim que as coisas vão mudando, lentamente.”
"Em suma, o que os políticos detestam mesmo é que os cidadãos tenham opiniões e que, ainda por cima, se consigam fazer ouvir."
A blogosfera tornou-se uma esfera mediática não só dotada de um certo grau de autonomia mas também de um fenómeno de popularidade no que se refere à procura de notícias/informação.
ResponderEliminarOs blogues têm diferentes pontos de vista ao processar as notícias ou ao expressar opiniões acerca delas. Contudo, estes pensam, na sua maior parte, acerca da mesma agenda de atributos que os jornais (por exemplo no que se refere às questões de política) claro que de uma forma mais transparente.
Neste sentido, podemos enquadrar os blogues no ramo de “jornalismo de conversação”, como defende Gillmor.
Boa Tarde
ResponderEliminarO problema não são os blogs própriamente ditos. São os Blogs anónimos.
Concordo, mas a falta de coragem para assumir o que é dito não é mal unicamente da blogosfera, mas sim da sociedade portuguesa em geral.
ResponderEliminarO que se verifica é o seguinte: se não os consegues controlar (blogs) junta-te a eles é o que se verifica em jornais de referência, tais como, O Sol, Expresso que tem um espaço de sugestões para os eleitores desfrutarem destes.
O Outra Margem, que eu conheço e visito quase desde o início, é um espaço de discussão, de expressão, de informação, de cidadania, à imagem do António Agostinho, que eu conheço pessoalmente, há muitos e muitos anos.
ResponderEliminarPelo seu conteúdo, verifico que resiste a pressões, ameaças, coacções, como nenhum outro meio aqui pela margem sul do Mondego.
Que a ideia é bem interessante e bem concrectizada, lá isso é.
Resta-me desejar que prossigam no caminho trilhado e que consigam resistir à pressão dos democratas figueirenses...
Como conhecedor do jornalismo figueirense, distrital e nacional, vejo com o maior apreço estas ilhas de liberdade que são os blogues...
Felizmente, vão resistindo algumas.
Um abraço