É uma tristeza ver o último batel do Mondego no esteiro de Lavos, parado sem navegar.
Um dia destes, tal como estes da foto de Manuel Santos, um figueirense que registou como poucos a beleza da Figueira da Foz, também ele vai desaparecer.
E, com ele, vai-se extinguir o derradeiro marco de uma época e de uma cultura, a memória de tempos difíceis, mas, ao mesmo tempo, formidáveis, do trabalho e das canseiras de vidas vividas penosamente para se ganhar o pão quotidiano.
É uma realidade que, nos dias de hoje, deixaram de ter utilidade prática, mas, quem com eles conviveu, vai sentir o vazio. Todavia, “todos os rios têm barcos tradicionais a navegar, com excepção do Mondego e da Figueira da Foz”.
É pena e dói.
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