domingo, 31 de agosto de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
De novo a realidade
Foto de Pedro Cruz, obtida esta tarde
Agosto, mês que a maioria privilegia para fazer férias, está no fim.
A partir de segunda-feira é o regresso à realidade.
Mas, com estas condições climatéricas, Setembro até parece que se antecipou.
As longas filas de trânsito, ao fim da tarde, em todas as saídas da Gala, depois da praia, desapareceram, logo no último sábado de Agosto, mês em que a actividade dos comerciantes covagalenses, resultante do único pólo de interesse turístico que atrai pessoas a S. Pedro - a ocupação do metro quadrado das nossas praias - poderia ter alguma expressão.
Para os comerciantes locais, este, foi mais um azar, num Verão para esquecer...
Acabou o sonho.
Entretanto, a vida vai ter de continuar.
Mais uma vez, de novo, ficamos com a nossa realidade.
A Cova-Gala somos nós, os covagalenses.
Não são apenas eles, os iluminados, os que temem as vozes irreverentes dos que não são moldáveis pela unidimensional força do statu quo.
Quem me dera poder constatar que esta era a era de uma Cova-Gala mais livre e mais unida, enraizada no direito à Terra e já descolonizada das tentações hegemónicas...
Agosto, mês que a maioria privilegia para fazer férias, está no fim.
A partir de segunda-feira é o regresso à realidade.
Mas, com estas condições climatéricas, Setembro até parece que se antecipou.
As longas filas de trânsito, ao fim da tarde, em todas as saídas da Gala, depois da praia, desapareceram, logo no último sábado de Agosto, mês em que a actividade dos comerciantes covagalenses, resultante do único pólo de interesse turístico que atrai pessoas a S. Pedro - a ocupação do metro quadrado das nossas praias - poderia ter alguma expressão.
Para os comerciantes locais, este, foi mais um azar, num Verão para esquecer...
Acabou o sonho.
Entretanto, a vida vai ter de continuar.
Mais uma vez, de novo, ficamos com a nossa realidade.
A Cova-Gala somos nós, os covagalenses.
Não são apenas eles, os iluminados, os que temem as vozes irreverentes dos que não são moldáveis pela unidimensional força do statu quo.
Quem me dera poder constatar que esta era a era de uma Cova-Gala mais livre e mais unida, enraizada no direito à Terra e já descolonizada das tentações hegemónicas...
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O mistério da mata de Soure
Excelente esta postagem do Corta-Fitas.
Apenas uma pequena precisão.
O mistério da mata não foi em Soure.
Foi em Alfarelos, no concelho de Soure.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Se hoje fosse o dia...
...em que o sol não nascesse,
a manhã não aparecesse,
o mundo não acordasse,
o pássaro não cantasse,
o jornal não saísse,
o operário não trabalhasse,
o vento escusava de soprar
e a terra de girar...
A água do rio poderia parar,
o mar silenciar,
a nuvem ficar imóvel no céu,
mas o nosso coração,
mesmo a sofrer,
teria de continuar a bater...
Se hoje fosse esse dia,
que não pode acontecer,
tudo deixaria de ser tudo
e seria outra coisa,
que ninguém nunca vai saber
o que poderia ser...
a manhã não aparecesse,
o mundo não acordasse,
o pássaro não cantasse,
o jornal não saísse,
o operário não trabalhasse,
o vento escusava de soprar
e a terra de girar...
A água do rio poderia parar,
o mar silenciar,
a nuvem ficar imóvel no céu,
mas o nosso coração,
mesmo a sofrer,
teria de continuar a bater...
Se hoje fosse esse dia,
que não pode acontecer,
tudo deixaria de ser tudo
e seria outra coisa,
que ninguém nunca vai saber
o que poderia ser...
Já é mais que um difuso mal-estar...
Como disse no final de Fevereiro deste ano a SEDES, “sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.”
Mas, o que é grave, o que pesa, o que incomoda, é que este mal-estar imenso que a todos atinge e condiciona, veio para ficar.
Os portugueses não acreditam no Estado e na lei.
Vive-se em descrença.
Entretanto, a criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos...
Mas, o que é grave, o que pesa, o que incomoda, é que este mal-estar imenso que a todos atinge e condiciona, veio para ficar.
Os portugueses não acreditam no Estado e na lei.
Vive-se em descrença.
Entretanto, a criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos...
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Está uma batalha lá fora...
Dostoievski ensinou que o crime compensa.
Raskolnikov é, unicamente, castigado pelo remorso.
Henri Michaux, poeta de que gosto muito, autor, aliás, de um pequeno livro, Equador, este, sim, maior, escreveu: "Só lutamos bem por causas que nós próprios modelamos e com as quais nos queimamos ao identificarmo-nos com elas."
Baptista-Bastos, escritor e jornalista (Crónica completa, POBRE POVO NAÇÃO DOENTE, aqui no DN).
Raskolnikov é, unicamente, castigado pelo remorso.
Henri Michaux, poeta de que gosto muito, autor, aliás, de um pequeno livro, Equador, este, sim, maior, escreveu: "Só lutamos bem por causas que nós próprios modelamos e com as quais nos queimamos ao identificarmo-nos com elas."
Baptista-Bastos, escritor e jornalista (Crónica completa, POBRE POVO NAÇÃO DOENTE, aqui no DN).
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Mais um ...
Rogério Neves, já velho companheiro de outras lides (ambos somos fruto da fornada do barca nova, cujo grande timoneiro foi o meu querido e saudoso Zé Martins, Mestre sem igual na arte da prosa e do jornalismo), aderiu também à moda dos blogues.
Marcha do Vapor aí está. Bem aparecido companheiro.
Marcha do Vapor aí está. Bem aparecido companheiro.
Miniaturas
Foto Pedro Cruz
Dão nas vistas e são bonitas.
Porventura, também, por generosidade dos nossos olhos e do nosso coração.
São fruto do trabalho de velhos pescadores, que ficaram em terra cedo de mais, porque este país de marinheiros deixou de ter barcos onde pudessem embarcar para continuar a ganhar a vida.
Com trabalho e em harmonia com que a natureza dá, este é o resultado da arte e do orgulho dos artistas que talharam e moldaram a madeira.
Foi construção, labor, esforço, paciência, dedicação e talento.
O resultado é a ilusão.
São miniaturas, não é a realidade, mas é arte e evasão.
Dão nas vistas e são bonitas.
Porventura, também, por generosidade dos nossos olhos e do nosso coração.
São fruto do trabalho de velhos pescadores, que ficaram em terra cedo de mais, porque este país de marinheiros deixou de ter barcos onde pudessem embarcar para continuar a ganhar a vida.
Com trabalho e em harmonia com que a natureza dá, este é o resultado da arte e do orgulho dos artistas que talharam e moldaram a madeira.
Foi construção, labor, esforço, paciência, dedicação e talento.
O resultado é a ilusão.
São miniaturas, não é a realidade, mas é arte e evasão.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Vale do Galante está ficar muito caro
A Câmara da Figueira da Foz já gastou, até á data, 200 mil euros em advogados no processo Vale do Galante.
Segundo o Sol, António Tavares, vereador socialista, diz não compreender «a real necessidade de a Câmara da Figueira contratar os serviços de advogados externos, quando tem um departamento jurídico e vários avençados».
Tavares frisa as «grandes dificuldades financeiras da Figueira da Foz, que tem um passivo de mais de 60 milhões de euros» para questionar a opção do presidente. «Isto é tanto mais estranho se pensarmos que no processo do Parque de Campismo os custos não ultrapassaram os cinco mil euros e o caso chegou ao Supremo Tribunal», comenta o vereador socialista.
Contactado pelo mesmo jornal, Duarte Silva explica a contratação dos serviços destes advogados de Lisboa com o facto de estarem «em causa serviços jurídicos complexos, de exigente qualidade, de trabalho intenso, feito de muitas diligências e muito estudo».
O autarca social-democrata sublinha que não está em causa a «confiança no departamento jurídico» da Câmara da Figueira – composto por quatro advogados –, mas sim «a complexidade e delicadeza das questões suscitadas» e «a importância do projecto da construção de uma unidade hoteleira de referência» na cidade.
Mas não foi só no processo administrativo que Duarte Silva contou com o apoio jurídico de Rodrigo Esteves de Oliveira. O jurista esteve presente no interrogatório – levado a cabo no DIAP de Coimbra – em que o autarca foi constituído arguido no âmbito de uma investigação relacionada com o Vale do Galante.
«Tanto quanto sei, o Eng. Duarte Silva ainda não tem outro advogado que o represente no processo-crime», admitiu ao SOL Esteves de Oliveira, afirmando não ser «um especialista em direito penal» e ter «apenas acompanhado» o presidente da Figueira Foz durante essa diligência.
Questionado pelo SOL sobre se este «acompanhamento» está ou não incluído nos serviços prestados à Câmara da Figueira, o advogado confessou não saber responder: «Tenho de colocar a questão ao presidente, para saber se ele quer pagar ou se, nos termos da Lei dos Eleitos Locais, prefere que seja a Câmara da Figueira a pagar». O SOL tentou esclarecer esta questão junto da Câmara da Figueira, mas o presidente esteve sempre incontactável.
Segundo o Sol, António Tavares, vereador socialista, diz não compreender «a real necessidade de a Câmara da Figueira contratar os serviços de advogados externos, quando tem um departamento jurídico e vários avençados».
Tavares frisa as «grandes dificuldades financeiras da Figueira da Foz, que tem um passivo de mais de 60 milhões de euros» para questionar a opção do presidente. «Isto é tanto mais estranho se pensarmos que no processo do Parque de Campismo os custos não ultrapassaram os cinco mil euros e o caso chegou ao Supremo Tribunal», comenta o vereador socialista.
Contactado pelo mesmo jornal, Duarte Silva explica a contratação dos serviços destes advogados de Lisboa com o facto de estarem «em causa serviços jurídicos complexos, de exigente qualidade, de trabalho intenso, feito de muitas diligências e muito estudo».
O autarca social-democrata sublinha que não está em causa a «confiança no departamento jurídico» da Câmara da Figueira – composto por quatro advogados –, mas sim «a complexidade e delicadeza das questões suscitadas» e «a importância do projecto da construção de uma unidade hoteleira de referência» na cidade.
Mas não foi só no processo administrativo que Duarte Silva contou com o apoio jurídico de Rodrigo Esteves de Oliveira. O jurista esteve presente no interrogatório – levado a cabo no DIAP de Coimbra – em que o autarca foi constituído arguido no âmbito de uma investigação relacionada com o Vale do Galante.
«Tanto quanto sei, o Eng. Duarte Silva ainda não tem outro advogado que o represente no processo-crime», admitiu ao SOL Esteves de Oliveira, afirmando não ser «um especialista em direito penal» e ter «apenas acompanhado» o presidente da Figueira Foz durante essa diligência.
Questionado pelo SOL sobre se este «acompanhamento» está ou não incluído nos serviços prestados à Câmara da Figueira, o advogado confessou não saber responder: «Tenho de colocar a questão ao presidente, para saber se ele quer pagar ou se, nos termos da Lei dos Eleitos Locais, prefere que seja a Câmara da Figueira a pagar». O SOL tentou esclarecer esta questão junto da Câmara da Figueira, mas o presidente esteve sempre incontactável.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Detalhe
Daqui a pouco, Nelson Évora vai receber a medalha de ourou.
O País vai emocionar-se. “Nelson Évora conquistou a medalha de ouro no triplo salto e merece por isso as maiores felicitações. Mas quem o tenha visto e ouvido, em declarações nas televisões, após a vitória, terá ficado a perceber que ali estava a falar não apenas um qualquer ganhador mas um homem inteligente, com maturidade, sensato e sobretudo com um grande espírito de solidariedade para com os outros atletas portugueses a quem as coisas não correram bem”.
Parabéns, também pela postura, Nelson.
Porque é justo, parabéns igualmente ao seu treinador, o Professor João Ganço,
um técnico estudioso e competente, um bom pedagogo, mas um Homem muito discreto .
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Azulejaria
Al-zuleique é a palavra árabe que originou o português azulejo.
Designava a "pequena pedra lisa e polida" usada pelos muçulmanos, no tempo da Idade Média.
A forma como usavam os azulejos - para decorar chão e paredes - agradou aos nossos reis e, por isso, começaram a ser produzidos em Portugal no final do século XV. Ganharam um lugar privilegiado na arquitectura ao longo dos séculos e podemos dizer que Portugal os adoptou de forma ímpar, como em nenhum outro país europeu.
Quem viajar pelo país, pode descobrir um autêntico museu vivo da azulejaria.
Na Gala, existe uma pequena parede onde se pode ver este e outros exemplos que são uma delícia.
Para ver mais, basta clicar aqui.
Designava a "pequena pedra lisa e polida" usada pelos muçulmanos, no tempo da Idade Média.
A forma como usavam os azulejos - para decorar chão e paredes - agradou aos nossos reis e, por isso, começaram a ser produzidos em Portugal no final do século XV. Ganharam um lugar privilegiado na arquitectura ao longo dos séculos e podemos dizer que Portugal os adoptou de forma ímpar, como em nenhum outro país europeu.
Quem viajar pelo país, pode descobrir um autêntico museu vivo da azulejaria.
Na Gala, existe uma pequena parede onde se pode ver este e outros exemplos que são uma delícia.
Para ver mais, basta clicar aqui.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
A vida está má, mas não para todos!..
Os jornais não se calam: “Estado gastou 14 milhões em projecto olímpico falhado”.
Colocaram a fasquia muito alta. Agora, a estes, querem crucificá-los!..
E, então, com estes, quantos milhões se gastam, para fazerem figuras como a do último europeu?
Bem vistas as coisas, “afinal, a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos não é o fracasso de que se fala e não havia razão para Vicente de Moura se ter demitido. A crer na RTP, parece que "os fatos de banho [da "Speedo"] que levaram Michael Phelps a ganhar oito medalhas de ouro são fabricados em Portugal" e que "a empresa de Paços de Ferreira já recebeu o agradecimento de Phelps.Assim, feitas as contas, do mesmo modo que a medalha de prata de Vanessa Fernandes foi, como declarou à mesma RTP o pai Venceslau, "uma grande vitória para Perosinho", pelo menos uma das oito medalhas de ouro de Phelps é nossa e constitui uma grande vitória para Paços de Ferreira.”
Isto, simplesmente á a vida.
"FALHAR ACONTECE.
É, ACONTECE".
Vejam lá se o Madaíl se demitiu?
"Da Federação, o ex-político recebe um salário mensal superior a 11 mil euros, acrescido de despesas de representação (cartão de crédito, telemóvel e motorista) o que dá uma remuneração anual da ordem dos 158 mil euros."!..
Bem bom para um reformado...
A vida está má, mas não para todos!..
Colocaram a fasquia muito alta. Agora, a estes, querem crucificá-los!..
E, então, com estes, quantos milhões se gastam, para fazerem figuras como a do último europeu?
Bem vistas as coisas, “afinal, a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos não é o fracasso de que se fala e não havia razão para Vicente de Moura se ter demitido. A crer na RTP, parece que "os fatos de banho [da "Speedo"] que levaram Michael Phelps a ganhar oito medalhas de ouro são fabricados em Portugal" e que "a empresa de Paços de Ferreira já recebeu o agradecimento de Phelps.Assim, feitas as contas, do mesmo modo que a medalha de prata de Vanessa Fernandes foi, como declarou à mesma RTP o pai Venceslau, "uma grande vitória para Perosinho", pelo menos uma das oito medalhas de ouro de Phelps é nossa e constitui uma grande vitória para Paços de Ferreira.”
Isto, simplesmente á a vida.
"FALHAR ACONTECE.
É, ACONTECE".
Vejam lá se o Madaíl se demitiu?
"Da Federação, o ex-político recebe um salário mensal superior a 11 mil euros, acrescido de despesas de representação (cartão de crédito, telemóvel e motorista) o que dá uma remuneração anual da ordem dos 158 mil euros."!..
Bem bom para um reformado...
A vida está má, mas não para todos!..
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Dia Mundial da fotografia é hoje
Foto:Pedro Cruz
Hoje em dia, existe grande preocupação com a linguagem escrita, com os possíveis erros de concordância, de tratamento, de conjugação de verbos, com o adequado uso dos pronomes, etc.
Temos consciência de que, se não escrevermos de acordo com as regras, talvez não passemos uma boa imagem para quem lê os nossos textos.
Valerá uma imagem mais do que mil palavras?
Será a imagem, uma forma de linguagem?
Temos consciência de que, se não escrevermos de acordo com as regras, talvez não passemos uma boa imagem para quem lê os nossos textos.
Valerá uma imagem mais do que mil palavras?
Será a imagem, uma forma de linguagem?
O conceito de imagem parece, á primeira vista, algo fácil de definir. No entanto, revela-se um conceito de uma difícil precisão e, claro, nada simples de definir.
A questão da imagem, foi objecto de estudo dos primeiros pensadores da história do conhecimento, estes debruçaram-se na tentativa de perceber/ analisar a relação que une a imagem á realidade, assim como, as respectivas definições.
No livro sexto da República Platão, o autor analisa este problema – A Imagem. Segundo Platão, a imagem consiste numa primeira fase nas sombras, depois nos reflexos que são observáveis na água, ou seja, efeito espelho.
Todavia, a retórica medieval define a imagem como “aliquid stat pro aliquo”, isto é, “algo está para algo para alguém”. A referir que, estes, já olhavam, para este “alguém”, de uma forma futurista / progresso, isto é, poderia ser visto como o fabrico, ou seja, reprodução material (possível fotografia).
Contudo, seja qual for a posição teórica adoptada, é notório que se entende por imagem algo que é utilizado para representar outra coisa, isto é, uma determinada realidade.
A relação de imagem e realidade é objecto de estudo por diversos motivos.
No meu ponto de vista, é algo difícil de explicar, isto porque, esta relação funciona como que um “carácter quase mágico”, isto é, permite representar algo estando esse mesmo objecto representado em ausência.
É este o grande desafio/magia da fotografia, que também passa por contextualizar/ adequar esta com os nossos sentimentos, originalidade e sensibilidade, isto, porque a fotografia tem linguagem própria, sendo os seus sentimentos alterados/ moldados pelo autor, ou seja, cabe ao fotógrafo ver determinado objecto consoante a sua perspectiva.
É isto que distingue e caracteriza determinado autor e torna tão mágico este vasto campo que é o mundo da fotografia.
A questão da imagem, foi objecto de estudo dos primeiros pensadores da história do conhecimento, estes debruçaram-se na tentativa de perceber/ analisar a relação que une a imagem á realidade, assim como, as respectivas definições.
No livro sexto da República Platão, o autor analisa este problema – A Imagem. Segundo Platão, a imagem consiste numa primeira fase nas sombras, depois nos reflexos que são observáveis na água, ou seja, efeito espelho.
Todavia, a retórica medieval define a imagem como “aliquid stat pro aliquo”, isto é, “algo está para algo para alguém”. A referir que, estes, já olhavam, para este “alguém”, de uma forma futurista / progresso, isto é, poderia ser visto como o fabrico, ou seja, reprodução material (possível fotografia).
Contudo, seja qual for a posição teórica adoptada, é notório que se entende por imagem algo que é utilizado para representar outra coisa, isto é, uma determinada realidade.
A relação de imagem e realidade é objecto de estudo por diversos motivos.
No meu ponto de vista, é algo difícil de explicar, isto porque, esta relação funciona como que um “carácter quase mágico”, isto é, permite representar algo estando esse mesmo objecto representado em ausência.
É este o grande desafio/magia da fotografia, que também passa por contextualizar/ adequar esta com os nossos sentimentos, originalidade e sensibilidade, isto, porque a fotografia tem linguagem própria, sendo os seus sentimentos alterados/ moldados pelo autor, ou seja, cabe ao fotógrafo ver determinado objecto consoante a sua perspectiva.
É isto que distingue e caracteriza determinado autor e torna tão mágico este vasto campo que é o mundo da fotografia.