domingo, 27 de julho de 2008

Porque não se prevê o que é previsível?

A Figueira da Foz, possui cerca de 40 quilómetros de costa e a "a frágil estabilidade da frente marítima agrava-se continuamente e se não há intervenção rápida continuará a agravar-se.”
Estas, são palavras de Duarte Silva, intervindo numa sessão promovida pela Ordem dos Engenheiros, em finais de Novembro de 2007.
Na mesma oportunidade, o Presidente da Câmara da Figueira da Foz frisou ainda que houve "inúmeras reuniões técnicas, desde 2003, mas todos os estudos já realizados continuam por executar".


Contudo, a Câmara Municipal da Figueira da Foz continua a permitir a construção em zonas muito próximas da linha de costa.
Já este ano, como li num artigo da Figueira 21, assinado pelo Vereador do PS, eng. João Vaz, a maioria PSD na Câmara aprovou uma proposta de alienação de dois terrenos para construção junto à duna primária. Um deles, como é público, é o actual Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala; o outro, que irá ser ligado a este, depois de eliminada a estrada que actualmente os divide, será o terreno situado a nascente do campo de futebol.
Segundo o que se encontra delineado, o local do campo de futebol vai ser transformado em zona de equipamentos de apoio.
Como sabemos, a linha de costa do litoral figueirense alterou-se substancialmente nas últimas quatro décadas. O norte da foz, onde em tempos existiu a “Rainha das Praias de Portugal”, transformou-se numa imensidão de areia. A sul, na Cova-Gala, na Costa de Lavos e na Leirosa, a falta de areia tornou esta uma ZONA DE RISCO ELEVADO.
Como acentua o Vereador João Vaz, “é numa zona depauperada, com os cordões lunares ameaçados pelo avanço do mar, que vai continuar o programa de expansão urbanística do actual executivo camarário”.


O que é preciso é “vender”, neste caso parece que “trocar”, as frentes de mar. A estratégia integrada de ocupação e ordenamento do território do munícipio figueirense faz parte de outra realidade.
Para já, aos privados, o que interessa é construir. Depois, há-de vir o tempo de se gastarem milhões, do erário público, para a defesa do que se edificou em zona que se sabia antecipadamente de elevado risco!..
Será que é assim tão difícil prever o que é previsível?

5 comentários:

  1. Depois de concluídas as futuras obras de alteração dos molhes da barra, o problema fica resolvido.
    Para quê estarem a preocupar-se com antecedência?
    Ficará um areal muito maior e onde hoje há dunas, haverá avenidas.
    Tenham calma e não se alarmem nem alarmem os outros.

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  2. o QUÊ?.....
    oH ILUMINADO EXPLIQUE LÁ ISSO...
    e ASSINE, para a gente ficar a saber quem é o brilhante crâneo.

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  3. Oh Carlos Girão, o que o anónimo quis dizer foi simplesmente isto: "o povo não tem direito a ter opinião sobre aquilo que não conhece". Ponto final.
    É fácil governar sem o povo estar informado e atento. Só que em democracia isso não devia acontecer
    É bom que o povo use o seu poder nas eleições, mas nas democracias, como deveria ser a portuguesa, ai! dos cidadãos se não participarem para além do voto. Ou, ao menos, se não se esclarecerem.
    Em Portugal e em S. Pedro participa-se muito pouco. E também se está ainda muito pouco esclarecidao.
    E isso interessa, oh se interessa...

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  4. Carlos Girão,
    Tens de ser mais sagaz como o amigo Zé Pereira. Aprende a ler nas entreinhas e saberás muito melhor, de antemão, o querem fazer contigo.
    Saberás que quando dizem sim, querem que penses que é sim, quando na verdade é e será não.
    Está atento, meu amigo e verás que o teu mundo não é tão cor-de-rosa ou dourado como to pintam.

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  5. Pois é falamos muito mas continuamos a degradar o ambiente para os nossos filhos e netos. Será que alguém está disponivel, nos partids qie governaram a Figueira fa Foz nestes últimos anos a parar a construção e repensar tudo o que foi feito. E já agora já foram registar os terrenos do campo de futebol? Está alguma coisa escrita sobre a construção do campo noutro local? Abram os olhos, pois há quem queira que andem com eles fechados.

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