Foto sacada daqui
Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado.
"Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.
Quando chegava à Terra Nova ou Gronelândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu.
(A pesca do bacalhau, Teresa Reis)
Outros tempos,com realidades diferentes sobretudo nos princípios do século passado,e não só,em que os direitos dos trabalhadoes não existiam,ou eram simplesmente ignorados.
ResponderEliminarO sistema político que se viveu durante o "estado novo",muito contribuiu para esta situação.
A classe piscatória,foi uma daquelas em a exploração do indivíduo,além da dureza e risco da própria profissão,foi mais evidente.
A liberdade que nos ofereceu o 25 de abril,permite-nos reinvindicar e escolher outros caminhos.
A nós de sabermos escolher e ter maturidade suficiente para defender os nossos direitos.
Nunca será demais recordar que o braço direito do comandante Tenreiro - homem forte da ditadura para o Grémio do Bacalhau - tinha como colaborador directo o Dr. Duarte Silva, pai do actual Presidente da Câmara.
ResponderEliminarTempos para esquecer.
ResponderEliminarQuem eram afinal os escravos?
ResponderEliminarConcerteza os que fujiam para o estrangeiro, sustentados pelo governo de então
Esses é que foram tempos dificeis.
Chegavam a sair de Portugal nos primeiros dias de Janeiro e voltavam poucos dias antes do Natal.