quinta-feira, 22 de maio de 2008

Líderes com pés de barro

Há certos dias em que sentimos na pele, os riscos vingativos de certa gente que ocupou os interstícios do poder dito democrático.
Essa gente, devido ao seu limitado horizonte, não entende o poder dos sem poder, o tal que alimenta a saudável desobediência individual e que há-de sublimar-se em resistência, do cidadão contra os poderes, de consciência a consciência, através da permanente corrente da libertação, daqueles que acreditam que o desenvolvimento impõe que se cresça, não apenas pela estatística, mas, sobretudo, que se cresça para cima e por dentro.

Esta democracia que temos é um péssimo regime político, mas o menos mau de todos os que, até agora, tivemos.
Todos os líderes, históricos ou presentes, do PS, do PSD e do CDS, os partidos do centrão, todos esses líderes donde nos vem a reserva de recrutamento dos primeiros-ministros, dos ministros, dos presidentes da república, dos deputados, dos presidentes da câmara e dos presidentes da junta, todos eles, para poderem ascender dentro da máquina partidária, ou por entre os corredores e gabinetes da luta interna pelo poder, tiveram que fazer pactos com o diabinho dos caciqueiros, ficando, posteriormente, condicionados.

Assim, o País foi ficando enredado na engenharia das cunhas, da subsidiocracia, do amiguismo, do nepotismo e do clientelismo. A partir desta infra-estrutura mental, gerou-se uma rede de pactos de silêncio e de cumplicidades várias.
Muitos deles, um dia, irão, depois da inevitável queda do pedestal, ser revelados em seus pés de barro.
Entretanto, neste tempo, não é necessário ter coragem. Ter coragem é uma obrigação.

1 comentário:

  1. Ai o Odrico aí da Cova anda assim tão brabo? cum cassete... mas pelo que oubi dzer isso passa-lhe.

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