A Ana e o António trabalhavam
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.
«Neo-realismo!» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.
Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.
Ou julgam isso, ou julgam isso.
Mário Castrim, nasceu em 1920. Professor, jornalista, crítico literário, crítico de televisão desde 1965. A sua escrita reflete uma crítica e uma mordacidade, contudentes e apuradas. Foi igualmente director do suplemento Juvenil do Diário de Lisboa onde, nos anos 60 e 70, se iniciram inúmeros poetas e escritores. Faleceu em 2002.
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.
«Neo-realismo!» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.
Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.
Ou julgam isso, ou julgam isso.
Mário Castrim, nasceu em 1920. Professor, jornalista, crítico literário, crítico de televisão desde 1965. A sua escrita reflete uma crítica e uma mordacidade, contudentes e apuradas. Foi igualmente director do suplemento Juvenil do Diário de Lisboa onde, nos anos 60 e 70, se iniciram inúmeros poetas e escritores. Faleceu em 2002.
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