quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Vulnerabilidades

As Juntas de Freguesia são, ao mesmo tempo, órgãos cheios de poder e órgãos cheios de incapacidade para cumprirem as suas funções.
As Assembleias de Freguesia, quando existem maiorias absolutíssimas, como é o que actualmente se passa na nossa Terra, não servem para quase nada.

Para alguns, da esquerda à direita, se isso dependesse apenas da sua vontade, a liberdade de opinião, de pensamento e de acção, não deveria ser para todos...
Se pudessem, seria apenas para quem eles muito bem entendessem. Nesse caso, a democracia e a cidadania ficariam seriamente condicionadas.
Mas surgiram os blogs...
O "poder dos blogs" reside na consciencialização. É que, existem cidadãos, que querem opinar e participar nas decisões da sua Terra, do seu País e deste nosso Mundo...

Provavelmente, uma das marcas de carácter mais salientes de uma população emancipada, portadora de uma longa tradição de liberdade, seria o sentimento de simpatia que cada cidadão nutriria pelos seus concidadãos. Esse sentimento de simpatia, conduziria a que cada homem (e cada mulher) se colocaria na situação do outro.
Isso, levaria a um sentimento de solidariedade espontânea entre os cidadãos, o que contribuiria para edificar uma barreira, quase sempre intransponível, contra qualquer tentativa de abuso por parte dos poderes do Estado.

É difícil de perceber porque, por aqui, somos tão vulneráveis?

1 comentário:

  1. A educação é um grave problema do país. Ninguém se arrisca a discordar.
    Cultivamos a subserviência.
    Todavia, na minha opinião há um problema ainda mais grave na nossa Terra, no nosso concelho e o no nosso País.
    É típico, como a sardinha assada e o caldo verde;
    Popular, como a música pimba;
    Enraizado, como a fé de Fátima;
    E arrisco-me a dizer que já faz parte da nossa idiossincrasia.

    Falo da falta de cidadania. Sem ela, o povo é um joguete na mão dos caciques, sejam eles locais, municipais ou nacionais.

    Basta recordar o que se passou à volta de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro ou Ferreira Torres, para aferir do nível de cidadania dos eleitores deste país.
    Os cidadãos não querem saber se os seus candidatos fogem à justiça e às obrigações fiscais, usam em seu proveito os dinheiros públicos, ou beneficiam da promiscuidade do futebol com a política.
    É para o lado que dormem melhor.

    Isto é assim. E é com isto que temos de conviver. Em São Pedro, na Figueira, em Portugal e, se calhar, no resto do mundo.

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