sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Anti-Scolari, eu?...
Quero lá saber se Pinto da Costa pressionou fortemente Gilberto Madaíl para se “desfazer” de Scolari.
Não sou anti-Scolari, porque, simplesmente, considero que ser anti-alguma coisa é um sinal de estupidez.
Agora, seja isso ou não verdade, não posso concordar com comportamentos vergonhosos.
Até a Federação Portuguesa de Futebol já “tem consciência que a UEFA vai suspender Luiz Felipe Scolari por um período alargado, sendo muito provável que fique afastado dos restantes quatro jogos do Grupo A para o Europeu de 2008, ou melhor, até final do presente ano”.
A Federação, está obrigada a combater a violência nos estádios.
Veja-se o quer aconteceu a João Pinto e a Abel Xavier: nunca mais representaram a selecção, não por causa do seu comportamento desportivo, mas pelo seu comportamento anit-desportivo.
Isto, para não falar na brincadeira do Zequinha que, por ter "roubado" o vermelho da mão do árbitro, foi punido pela FPF com um ano...
Por isso , concordo com Leonor Pinhão: “a era portuguesa de Scolari deve ter chegado ao fim. Terminou de forma dramática e absurda. Historicamente, representou o melhor ciclo de sempre da Selecção. Adeus e obrigada.”
Quer se queira, quer não, como muito bem escreve hoje no Correio da Manhã Eduardo Dâmaso: “Scolari não quis perceber de imediato a incivilidade da sua atitude e protagonizou depois uma conferência de imprensa vergonhosa. Como se estivesse no jogo de um qualquer campeonato, usando a linguagem tribal do futebol para a habitual exacerbação de fanatismos clubísticos.
O palco e o momento não eram desse género. O profissional Scolari que se encontra ao serviço da selecção portuguesa representa Portugal, as suas cores, o seu Estado, as suas instituições. Qualquer gesto do cidadão Scolari nas actuais funções vincula-o não apenas a si mas um país inteiro. Por isso, fez bem em pedir desculpas mas fica deste episódio inédito e que dificilmente será esquecido em toda a dimensão da vergonha que nos causou a certeza de que o ciclo de Scolari acabou. Daqui para a frente o divórcio entre o treinador, os adeptos e as instituições tenderá a cavar-se mais. Já não depende dos resultados da equipa das quinas mas da memória deste murro.
Construiu uma imagem de ignomínia associada a Portugal que vai perdurar na memória de todos os que gostam ou não de futebol.”
Isso, mesmo com meias desculpas, não tem perdão. Tem de ser responsabilizado.
Quero lá saber se Scolari é imprescindível para Portugal ir ou não à fase final do Europeu 2008... Detesto mentirosos.
Vamos lá ver se o Sr. Madail existe...
ACTUALIZAÇÃO:
"Um gesto lastimável", considerou o Presidente da República.
Madaíl garante continuidade de Scolari.
2 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Sintomático é o elogio "fúnebre" do Scolari feito por Leonor Pinhão e o apoio dado por Filipe Vieira ! Que quer isto dizer????? Ainda o João Botelho vai fazer um filme sobre os méritos dos murros do Filipão!
ResponderEliminarIndecente e má figura
ResponderEliminarSe não querem despedir Scolari, com justa causa, por incompetência -- esta campanha para o "europeu" é uma vergonha --, têm de o despedir por inaceitável mau comportamento desportivo. Um treinador não pode tirar desforço sobre os jogadores adversários pelo mau resultado da sua equipa, ainda por cima mais do que justo em termos desportivos.
Para agravar tudo, tentou depois negar o que toda a gente viu. Scolari revelou mau carácter, duplamente: na agressão e na cobardia.
Aditamento
Scolari pediu desculpas públicas e sentidas. Não serve para o salvar da responsabilidade disciplinar mas atenua a censura moral que ele merece.
[Publicado por Vital Moreira]