quinta-feira, 7 de junho de 2007
“VANGUARDA” FOI DESMANTELADO
"Ao primeiro puxão a proa partiu e a embarcação foi desmantelada", disse hoje à Lusa Louro Alves, capitão do porto da Figueira da Foz.
Leia aqui.
1 comentário:
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Obrigado pela sua colaboração.
É muito engraçado e de vez em quando, dá para chorar.
ResponderEliminarNão tendo em consideração as condições que deram origem ao naufrágio é caso para perguntar até quando se brinca com estas coisas. Como é que um barco "tão bom" passa nas vistorias. Com um mar daqueles, abriu um rombo de meter medo. Isto na areia porque se tem dado em pedra, há muito estaria feito em fósforos. É gritante o mau estado daquela embarcação. Como é que um barco que se desfaz, anda por aí sem ser alvo de vistorias feitas por verdadeirios profissionais, com saber, com qualidade e rigor. Chora-se um choradinho e passa tudo. Se calhar, passa alguma coisa de mão em mão, e pronto, vá lá à sua vida mas não se esqueça de mandar arranjar isso...ou pintar por cima.
Ainda há pouco vi na Sic uma reportagem sobre uma fiscalização da asae em plena faina. Só um barco com armador espanhol escapou à multa e mesmo assim à justa.
Brinca-se, facilita-se com a vida de toda a gente. Se houvesse fiscalizações a sério, a nossa frota, parava toda!
Digo fiscalizações, porque há muitas coisas a fiscalizar.
As embarcações de pesca, seu equipamento, estado de conservação e condições de tratamento do pescado. Fechava tudo para obras.
Os tripulantes e a sua capacidade de reagir a casos de emergência. Treino zero, que a fé é que nos salva.
Equipamento e vestuário de trabalho, em consonância com a actividade pesqueira e de trabalho a bordo, não se sabe o que é.
Estado de funcionamento de todo o equipamento electrónico, ajudas à navegação, comunicações e meios de salvamento: a maior parte, dos mestres e demais tripulação não sabe operar e utilizar, portanto nem utiliza. Não precisa de modernices daquelas.
O facto de encararem atempadamente uma situação de perigo, preparar-se para ela, alertar e pedir ajuda com tempo e antes que seja demasiado tarde, tem de ser feito com uma completa lavagem cerebral e reciclagem da atitude perante essas situações.
Por fim e por agora, uma atitude mais digna por parte dos armadores, face aos investimentos que terão se ser feitos nas suas frotas. Não é ter um barco, meter-lhe quatro ou cinco desgraçados quase analfabetos, porque se lhes paga menos, lá dentro, umas artes e mandá-los à vida. Muitas vezes, à morte.
Não é com tinta que se conservam embarcações, não é sempre a chorar pelo subsídio que se trata de assuntos tão importantes como a actividade pesqueira e a vida das pessoas.
Por mim, mestre que fosse protagonista, caso sobrevivesse, a situações como a que aconteceu recentemente na Nazaré e esta que ocorreu agora, tinha de sentar o cu no mocho e justificar muito bem justificadinho, como as coisas se passaram. Para voltar ao mar, novos exames e só passa quem souber.
Caso as autoridades e o estado não assumam esta questão, não duvido nada que quem vai ter de se mexer vão ser as seguradoras. E aí, a vaca vai tossir.
(Um bombeiro foi experimentar um barco, amarrou-se ao motor, não o apertou e esperou que ele fosse borda fora. Foram os dois.
É quase o mesmo que ir mergulhar para o mar alto com um pedregulho ao pescoço. Dá para acreditar nestas coisas? Valah-nos Deus!)