O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
Não sei se repararam na nuvem branca por cima da mão do Cavaco, parece um leão...Mares nunca dantes navegados ou direitinhos para a boca do leão??? Parece-me das duas alternativas que o fim vai ser rude e bem curto!
Para os pessimistas, a maioria silenciosa dos portugueses, o ano de 2006 acabou mal, sem ilusões nem grandes rasgos, e 2007 é apenas a continuação, arrastada e incómoda, de um país (e de uma crise) que assiste impávido ao seu afundamento, como se de uma alteração climatérica se tratasse. Para os portugueses, o aquecimento global e a crise nacional, a todos os níveis, são uma e a mesma coisa. Não há distinções.
Em 2006 avançou-se alguma coisa, mas muito do que é o fado nacional, a triste sina que se abate sobre o País há umas décadas (ou séculos), mantém-se actual e sem cura, venha o Governo que vier, ou esteja em Belém o presidente que estiver. Os portugueses entram em 2007 não propriamente com o espírito renovado, e dispostos a uma luta incessante, mas convencidos de que apenas se mexeu no calendário, porque tem de ser, e que a última semana de 2006 deu lugar, simplesmente, à primeira de 2007.
Com optimismo exagerado ou não, o facto é que 2007 terá de ser um ano de clarificação, e de resultados, como pediu o Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, e só isso ajudará à motivação nacional.
O Governo tem de começar a mostrar obra, e daquela que se vê e não contesta, e será obrigado, sob pena de não ter mais tempo, a fazer a mais profunda e difícil das reformas, na administração pública. Será igualmente o período em que as pessoas serão afectadas directamente por tudo o que foi decidido, ou não, no ano passado, a todos os níveis.
Em 2007 também se espera a clarificação da oposição, particularmente em relação ao CDS/PP. Como está não faz sentido continuar, e com ou sem Paulo Portas - que terá de encontrar um novo posicionamento, tom e discurso para regressar - alguma coisa terá de mudar.
O mesmo não se pode dizer do PSD, embora este seja um ano em que o seu eleitorado espera uma maior eficácia no combate ao Governo e à sua maioria, se não quiser entalar-se entre um PS centrista e um PP que só pode crescer à conta dos sociais-democratas.
O Presidente não deixará de estar sob o escrutínio atento dos portugueses, que, à falta de uma oposição eficaz, tenderão a olhar para Belém com maior insistência. É a natureza do regime, e Cavaco sabe isso melhor do que ninguém.
Daí a mensagem que dirigiu aos portugueses, que não deixará de ser avaliada em altura própria, e face ao desempenho governamental e à respectiva resposta presidencial. Ninguém quer conflitos, ou desentendimentos, ou bloqueios, mas todos desejam que cada um cumpra o seu papel, e bem. Sem constrangimentos de calendário nem paixões inexplicáveis. Para o bem e para o mal, 2007 será um ano interessante, que merece ser visto e vivido.
Este é um caminho muito difícil de trilhar. A presente crise obriga-nos a uma reflexão muito séria sobre todas estas questões. Para quem, como eu, valoriza a paz e a estabilidade o caminho a seguir só pode o da paz e da concórdia. Precisamos de um Estado austero na forma como gere recursos, despesas e projectos, e de uma visão estratégica que determine a ordem de prioridades dos investimentos públicos.
Neste blogue todos podem comentar... Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas. O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor. No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM. Obrigado pela sua colaboração.
Este é o rumo que José Sócrates navega a sua caravela... por mares nunca dantes navegados...
ResponderEliminarNão sei se repararam na nuvem branca por cima da mão do Cavaco, parece um leão...Mares nunca dantes navegados ou direitinhos para a boca do leão???
ResponderEliminarParece-me das duas alternativas que o fim vai ser rude e bem curto!
Vês Zézé? Ali, na rebentação é que há gordos robalos. Vai lá lançar as tuas redes, olha que se não fores tu, vai lá outro qualquer...
ResponderEliminarOu então:
Vês Zézé? É para ali que vais se não fizeres o que te mando...
Para os pessimistas, a maioria silenciosa dos portugueses, o ano de 2006 acabou mal, sem ilusões nem grandes rasgos, e 2007 é apenas a continuação, arrastada e incómoda, de um país (e de uma crise) que assiste impávido ao seu afundamento, como se de uma alteração climatérica se tratasse. Para os portugueses, o aquecimento global e a crise nacional, a todos os níveis, são uma e a mesma coisa. Não há distinções.
ResponderEliminarEm 2006 avançou-se alguma coisa, mas muito do que é o fado nacional, a triste sina que se abate sobre o País há umas décadas (ou séculos), mantém-se actual e sem cura, venha o Governo que vier, ou esteja em Belém o presidente que estiver. Os portugueses entram em 2007 não propriamente com o espírito renovado, e dispostos a uma luta incessante, mas convencidos de que apenas se mexeu no calendário, porque tem de ser, e que a última semana de 2006 deu lugar, simplesmente, à primeira de 2007.
Com optimismo exagerado ou não, o facto é que 2007 terá de ser um ano de clarificação, e de resultados, como pediu o Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, e só isso ajudará à motivação nacional.
O Governo tem de começar a mostrar obra, e daquela que se vê e não contesta, e será obrigado, sob pena de não ter mais tempo, a fazer a mais profunda e difícil das reformas, na administração pública. Será igualmente o período em que as pessoas serão afectadas directamente por tudo o que foi decidido, ou não, no ano passado, a todos os níveis.
Em 2007 também se espera a clarificação da oposição, particularmente em relação ao CDS/PP. Como está não faz sentido continuar, e com ou sem Paulo Portas - que terá de encontrar um novo posicionamento, tom e discurso para regressar - alguma coisa terá de mudar.
O mesmo não se pode dizer do PSD, embora este seja um ano em que o seu eleitorado espera uma maior eficácia no combate ao Governo e à sua maioria, se não quiser entalar-se entre um PS centrista e um PP que só pode crescer à conta dos sociais-democratas.
O Presidente não deixará de estar sob o escrutínio atento dos portugueses, que, à falta de uma oposição eficaz, tenderão a olhar para Belém com maior insistência. É a natureza do regime, e Cavaco sabe isso melhor do que ninguém.
Daí a mensagem que dirigiu aos portugueses, que não deixará de ser avaliada em altura própria, e face ao desempenho governamental e à respectiva resposta presidencial. Ninguém quer conflitos, ou desentendimentos, ou bloqueios, mas todos desejam que cada um cumpra o seu papel, e bem. Sem constrangimentos de calendário nem paixões inexplicáveis.
Para o bem e para o mal, 2007 será um ano interessante, que merece ser visto e vivido.
Este é um caminho muito difícil de trilhar. A presente crise obriga-nos a uma reflexão muito séria sobre todas estas questões. Para quem, como eu, valoriza a paz e a estabilidade o caminho a seguir só pode o da paz e da concórdia.
ResponderEliminarPrecisamos de um Estado austero na forma como gere recursos, despesas e projectos, e de uma visão estratégica que determine a ordem de prioridades dos investimentos públicos.
Está bonito está!!
ResponderEliminarVai desta para melhor.
Olhem para mim já não ligo agora para voces mocidade...