quarta-feira, 4 de outubro de 2006
AS PONTES DA FIGUEIRA
A avaria de um camião, ontem de manhã, na estrada 109, à entrada da Gala, lançou o caos na travessia entre as duas margens do Mondego. Tal, ficou a dever-se ao facto de um pesado de transportes especiais, de grandes dimensões, se ter avariado na Ponte dos Arcos.
A ocorrência deu-se cerca das 08H30, no sentido Figueira/Leiria. As filas de trânsito, chegaram a atingir cerca de 15 quilómetros.
As entradas e saídas da cidade da Figueira da Foz e da freguesia de São Pedro estiveram condicionadas durante sete horas.
Numa altura em que a Ponte dos Arcos tem os dias contados, vimos com a devida vénia, recuperar um texto publicado pelo http:// ALBUM FIGUEIRENSE, em Agosto de 2004:
“Proponho que se represente com urgência ao governo para que sejam imediata e oficialmente abertas ao público as pontes sobre o Mondego ou para que (pelo menos) seja facultado o trânsito de peões pelas mesmas pontes desde o dia 1º do próximo mês de janeiro”Estas são palavras de José Francisco Vaz, vereador, proferidas na sessão de 12 de dezembro de 1906 da Câmara da Figueira da Foz.Quando José Vaz falou na sessão camarária do dia 12 já as pontes estavam abertas aos peões que pagassem 20 reis ao arrematante da barca de passagem, uma sociedade constituída por Domingos Simões Calhau e José Ferreira Santos. Esta tinha contrato para fazer a passagem até ao final do ano de 1906, mas o povo, sabendo que as pontes estavam feitas, forçava a sua abertura.“Os habitantes das freguesias do sul do concelho atribuem à Câmara o firme propósito de os privar da passagem pelas mesmas pontes”, disse também o vereador José Vaz, sem referir, contudo, que as populações, em protesto, tinham derrubado os sacos de areia que serviam de vedação.As pontes, a do braço norte que só foi substituída pela “ponte da Figueira da Foz” aberta em 12 de Março de 1982, e a do braço sul que durou menos tempo e foi substituída pela “ponte dos arcos” em 1942, acabaram por ser abertas no dia 14, apenas para os peões.No dia 22 de Dezembro veio a autorização superior “para também poderem também transitar pelas pontes sobre o Mondego veículos de qualquer espécie” pelo que a empresa de Viação Rippert “estabeleceu uma carreira extraordinária para Lavos” logo no dia seguinte. O mesmo fez o “conhecido Alquilador Achadiço” que pôs um carro a circular para sul “partindo da Praça Nova”.As duas margens estavam agora mais perto."
"Seguimos de perto o texto “As pontes do Mondego (Morraceira)”, da autoria do Cap. João P. Mano, inserto no seu livro “Lavos, Nove Séculos de História”. O Cap. João Pereira Mano é também autor da obra “Terras do Mar Salgado” e tem publicados centenas de textos avulso em periódicos, tudo resultado de décadas de investigação aturada em fontes directas. É, sem sombra de dúvida, o maior investigador figueirense vivo e o maior conhecedor da história marítima do concelho. "
4 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Daqui a algum tempo, todos estes problemas farão parte de passado.
ResponderEliminarCom a conclusão das ligações Leiria-Mira a maior parte do trânsito que hoje por aqui pasa, deixa de constituir problema para nós. Isto durante o ano inteiro.
No Verão, juntando a este temos (tínhamos), o trânsito de saída das praias. Tínhamos, porque este ano não se fez sentir com a intensidade de anos anteriores, por menor afluxo talvez causado pela carestia da vida, o preço dos combustíveis e porque o pessoal também começou a abrir os olhos e foi daqui para outras paragens.
Nos anos futuros esta parte sazonal vai desaparecer também, já que desaparece o motivo que o causa. As praias já cá não estarão. Como não há areia e o pessoal não quer tomar banhos de sol em cima de calhaus, ala daqui para fora. Ficamos só com os locais a desempenhar o seu papel de coçadores do piolho ao sol. Os que ficarem, claro.
Oubi dizer que a camionage portuguesa está uma lástima. Ele é as inspeções feitas que são munto bem feitas! ele é os impresários do ramo da camionage que de repente se poem a cumprar tudo, até cumpraram aos holandenses e alemanes os camiones que eles já não queriam lá...tudo com a conibencia dos gobernos que temos tido. tanta dinheirama debe vir dalgum lado ou não? despois dá nisto...uns abariam, outros ardem. outros causam acidentes, coisa que nos últimos tempos tem dado munto na telebisão. E olhem que os sinhores da telebisão sabem o que se está a passar! Até nós bimos cum estes olhos que a terra há-de cumer...até porque os coitaditos dos donos dos camioes até já tem senhores a conduzir que são lá daqueles países qui intigamente eram da rússia ( cruzes! credo!)e alguns segundo oubi dizer trabalham por muito menos dinheiro que os portugueses e como ficam mais baratos os portugueses do camião ficam desempregados e os donos do camião ficam mais ricos porque eles trabalham trabalham nem ligam aos horáriuos nem nada, estavam tão habituados lá na terra deles que já não ligam. Assim como me contam assim eu conto.
ResponderEliminardesta vossa:
2:03
ResponderEliminarcada um sabe , ou pensa que sabe o que fala, se partis-te a corda com o teu dono, estás feito, essa mer.. de quereres ser presidente da junta , tambem podia esperar, não? é que o sombra não está interessado em nenhum cargo que de trabalho, como sempre, ao fim destes Anos todos, 20 é muita fruta.
Quanto á ponte ainda a metes no programa da campanha.vai guardando as imagens.
Aquele que vai ali no barquinho à vela será o lambe-botas dos patrões da fábrica de papel?
ResponderEliminarO mesmo que se vendeu aos patrões para se orientar melhor e se marimbou para os colegas que depositaram confiança nele?
Se calhar é, depois das escapadelas até umas noitadas em Vigo onde em vez de estar em forma para representar o Clube Nautico, andou em noitadas com copos e umas galegas?
É o que se comenta ali pela marina da Figueira.