sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Um “farrapo” de pedra e cimento

Foto: PEDRO CRUZ

É capaz de ser uma inutilidade.
No local, sente-se o silêncio das recordações da juventude, quando o trânsito passava longe...
Para quem tem memória, ainda cheira a silêncio...
Mas, agora, entrecortado pelo barulho dos carros a passar, ali mesmo ao lado, na variante...
Outrora, fez parte duma triangulação.
Isto é, foi um dos vértices de uma superfície terrestre numa rede de triângulos, cujos vértices são pontos (objectos) bem visíveis e fixos, tais como, torres de igrejas, capelas ou doutros edifícios, pirâmides ou marcos geodésicos, chaminés, etc., situados em lugares mais ou menos elevados, de modo que, de cada um, se aviste, pelo menos, dois dos outros.
Servem para medir uma linha geodésica, ou para se efectuar o levantamento da carta de um país ou de uma região.
Já foi útil. Agora, é capaz de ser uma inutilidade.
Ou melhor, um “farrapo” de pedra e cimento na paisagem que mudou.
Que o mesmo é dizer, um “pedaço” de qualquer coisa que já foi.

11 comentários:

  1. Inutilidade porquê? Não continua a ser um marco geodésico com coordenadas e cotas atribuidas? Esse Marcos faz parte da rede geodésica nacional. Para se saber as "cotas absolutas" de qualquer coisa, tem de ser relativo a estes marcos, que muitas vezes por ignorancia são destruidos. Só porque "alguem" escreveu Farrapo nele para tirar uma bela foto, passou a sê-lo? deixem lá o marco sossegado que não está a atrapalhar ninguem.

    ResponderEliminar
  2. obrigado anónimo pela oportunidade do Pedro Cruz ter feito uma bela foto.

    ResponderEliminar
  3. até o pobre marco está mal? é incrivel. aqui, tudo está mal

    ResponderEliminar
  4. Ao Anónimo das 17:29
    Ainda bem que apareceu aqui a deixar o seu cometário para elucidar esta malta sobre o que é e para que serve "Aquele Farrapo".
    Aquele Marco geodésico está naquele estado porque a selvajaria local e importada faz daquilo um mijadouro e local para outros encontros e comemorações. è o costume.
    Tirar fotos, é fácil. Limpar e conservar é mais difícil.

    ResponderEliminar
  5. Que é horroroso é!!!

    ResponderEliminar
  6. Oh Tó da lota também só te vejo é zurrar...
    Que tal combinarmos um dia e limparmos toda a merda que anda por estas bandas...?
    Deves ser patrão ,só mandas pá...
    Ou então sabes bem o que é o poder...
    Fogo ...!!!!
    já me esquecia de ir registar o euromilhões ...!!!

    ResponderEliminar
  7. Quase todos em trevas;
    sobre poucos - estrela -
    brilha a imortalidade;
    o céu fez o homem livre
    para escolher.


    Andréas Kálvos (1792-1869)

    sacado do blog: ao longe barcos de flores

    ResponderEliminar
  8. ai o rapaz da fotografia tirou o curso onde? realmente não deve ter sido nem na ex-URSS nem na ex-RDA que ele não sabe o que rera ainda não era nascido, mas por amor de deus tirem-lhe a máquina das mãos, se queria mandar aqui limpar aquilo fosse para lá com uma enchada e limpa-se até podia ser com uma máquina ...mas de roçar! agora de bela fotografia! Voçes bebem o que?

    ResponderEliminar
  9. Olha que na URSS e na ex-RDA até se aprendiam umas coisas ...
    Havia cultura, educação, respeito,boas maneiras, enfim, civismo.
    O anónimo das 18.32 é o que é...
    Palavras para quê? è um artista português. Parabéns.

    ResponderEliminar
  10. e mais nada grande anonimo

    ResponderEliminar
  11. havia cultura controlada pelo realismo socialista é verdade tinha- me esquecido, educação desde pequeninos claro ...eram muito parecidos com o nosso socialismo do Estado Novo - "deixai vir a mim as crianças!"
    Boas maneiras...desconheço se boas maneiras teria que ver com algo que se passava na Sibéria?
    Civismo? ou policismo?
    Melhor era impossível, esqueceu-se do excelente desporto que se praticava apoiado em esteróides.
    Tinhamos cá disso em doses industriais ( respeito, civismo, e talvez até boas maneiras à mesa!)mas desde que nos tentaram esconder o sol com a peneira tudo isso desapareceu. esclarecidos?

    ResponderEliminar

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.