Fotos: PEDRO CRUZ
Hoje, dia 10 de Setembro, até foi um domingo de sol.
Não já aquele sol mesmo de verão, mas o sol – nas palavras de um velho lobo do mar - “de uma hora e tal de diferença”.
Que o mesmo é dizer, dos dias já mais curtos.
Apesar do tempo estar ainda agradável para o contacto com a natureza, nas praias da Freguesia de São Pedro, as enchentes de Junho, Julho e Agosto, pertencem já ao passado recente.
Os dias verdadeiramente escaldantes já se despediram.
Estes, começam a ser aqueles que tomamos ainda por dias de verão. São os dias solarengos.
Sem dar por isso, ficamos admirados com o passar do tempo: o outono aproxima-se vertiginosamente.
Mas também não vai demorar-se muito. Chega e, rapidamente, dará o lugar ao inverno.
Porém, ao contrário das estações do ano, que todos os anos se renovam, as estações das nossas vidas são bem mais resistentes.
Bom, mas falemos do tempo. Já se nota, sobretudo à noite, o arrefecimento, a lembrar o outono, como que a dizer-nos que o verão tem apenas mais cerca de duas semanas de existência.
São os últimos dias de praia, portanto.
O outono aproxima-se – essa, é a altura em que o mar tem outro cantar e se sente mais o marulhar das ondas.
Setembro avança. E, com o decorrer dos dias e o aproximar de outubro, espreita uma melancolia normal nesta época do ano.É mais um final de verão a deixar saudade.
É o retorno ao cinzentismo do quotidiano.
Até aos os próximos dias de calor de 2007.
Todos os anos é assim.A areia, o sol, o azul do mar e do céu, começam a ficar apenas na nossa memória.
Portugal é um País de poetas ? ou de mentirosos? "retorno do cinzentismo do quotidiano"?
ResponderEliminarque prosa...Pessoa não faria melhor...deixe-se de tretas lamurientas com sabor a Outono! Cuide-se e deixe a poesia para o Ramos Rosa, para o Eugénio para os que sabem! Olhe escreva sobre a sua lucidez para o disparate que verá a aflu~encia do Blog a inchar...
Já por mais de uma vez estive para comentar neste blog.
ResponderEliminarDo meu ponto de vista, é o tempo que ajuda a perceber o verdadeiro valor das coisas. Quando não conhecemos certos pormenores da vida das pessoas, como as suas preferências desportivas, religiosas, políticas, culturais, etc., estamos mais à vontade para avaliar aquilo realizam.
Não é fácil julgar objectivamente.
Quando somos contemporâneos de alguém ainda é mais difícil.
Quem se importará hoje com as preferências do Camões, do Pessoa, da Natália Correia, do Ary dos Santos, da Sofia, do Eugénio de Andrade, do Ferreira de Castro! Daqui a uns, quem se importará com as preferências do Lobo Antunes ou do Saramago !...A distancia temporal, e a lei da vida, acabará por serenar os espíritos críticos.
O que ficará é a sua obra e serão esquecidos outros pormenores...
Estou fora do País, bem longe, e esta janela aberta ao mundo dá-me noticias da minha Terra.
Conheço muito bem o Agostinho. O Pedro Cruz não conheço, pois me parece muito jovem.
Quando analisamos as pessoas conhecidas, humanas, como nós, aquilo que conhecemos delas interfere na nossa apreciação.
É sempre difícil separar as coisas. Na avaliação que fazemos, corremos o risco de fazer juízos errados ou injustos, por mais que queiramos ser isentos.
Quero deixar aqui o reconhecimento aos bloguistas, o esforço que têm realizado, a bestialidade que têm enfrentado, para colocar as pessoas a pensar a nossa Terra.
Lamento, é a má educação, irresponsabilidade, estupidez e mesquinhice de algumas pessoas ...
Parabéns, força, cá deste lado, têm muita gente atenta e a apreciar o vosso esforço. Bem hajam.
Capitão salgado? (mudou de nome? Ontem era Capitão do SalSalgado !?... ou será tó (da lota)?!...
ResponderEliminarBom não interessa.
É só para informar que as fotos foram tiradas hoje dia dez de setembro de 2006, pela onze horas, trinta e oito minutos e trinta e dois segundos.
Mentiroso é você. Até no nome.
Quanto ao blog. Assim de dieta, está muito bem...
Há que prevenir as doenças dos abusos...
Ó dr Agostinho, nada de confusões.
ResponderEliminarsó porque há duas pessoas que não vão muito em tretas como as que você come, já se passa de dois para um?
Essa é mesmo de quem é especialista e se formou analizando planos quinquenais e métodos usados no tempo do stalin.
apagar pessoas era o mais comum dessa época.
Aqui, há diversidade de opiniões e diversas pessoas a dá-las.
As minhas dou-lhas à borla.
Quanto aos outros não sei.
...18:39>>>>andas a enganar quem?
ResponderEliminartu não dás, só recebes que é essa a tua função,és o porta mer#as dos anjinhos com rabo de fora, mas de Stalin já percebeste muito até espumavas.........AU...AU..AU
"doenças de abuso" que obtuso! podia explicar melhor? é que eu não sou nem serei da lota como deseja nos seus mais profundos imos sou o Capitão Salgado e desculpe o abuso por si detectado na escrita desta bela lingua portuguesa em que nos expressamos. Quanto há hora ó caro já entendi que a essa é hora em que a ressaca bate nas pedras da margem. Compreendo. Agora mentiroso? ponha lá o mail obrigatório que eu falo consigo democráticamente! verá os incómodos a desaparecerem é simples, barato e dá menos dor de cabeça ao senhor adivinho de anónimos nicks names!
ResponderEliminarO relativismo é a lei da vida caro J.B. ? só se assim for consigo! Comigo não! nada é relativo, tudo é importante e ninguém põe em causa nada, absolutamente nada aqui neste Blog. Eles existem para isso mesmo para encobertos pela anonimato, que nos é permitido dizer o que nos apetece, tal como o postador. ora se o postador não gosta das criticas é facil apaga! se coloca é porque acha que da discussão nasce alguma luz( por vezes não é que nasce!) há que ser como Cristo Homem, não dar o ensejo aos homens de serem mais mesquinhos ainda. Por isso contribuirmos para a discussão não faz mal a ninguém e expormo-nos implica o aplauso ou a critica, quem publica tem o direito de saber o que se pensa sobre o que escreve, senão não escrevia! se escreve apenas para receber os aplausos ( que também são merecidos por vezes)não creio, as criticas sejam elas construtivas ou bem pelo contrário fazem parte da vida de cada um de nós.
ResponderEliminarSermão de Santo António aos Peixes, do Pe. António Vieira:
ResponderEliminar"O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão."
«Mas já que estamos nas covas do mar, antes que saiamos delas, temos lá o irmão polvo, contra o qual têm suas queixas, e grandes, não menos que S. Basílio e Santo Ambrósio. O polvo com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão. E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, testemunham constantemente os dois grandes Doutores da Igreja latina e grega, que o dito polvo é o maior traidor do mar. Consiste esta traição do polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pegado. As cores, que no camaleão são gala, no polvo são malícia; as figuras, que em Proteu são fábula, no polvo são verdade e artifício. Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo, faz-se pardo: e se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, faz-se da cor da mesma pedra. E daqui que sucede? Sucede que outro peixe, inocente da traição, vai passando desacautelado, e o salteador, que está de emboscada dentro do seu próprio engano, lança-lhe os braços de repente, e fá-lo prisioneiro. Fizera mais Judas? Não fizera mais, porque não fez tanto. Judas abraçou a Cristo, mas outros o prenderam; o polvo é o que abraça e mais o que prende. Judas com os braços fez o sinal, e o polvo dos próprios braços faz as cordas. Judas é verdade que foi traidor, mas com lanternas diante; traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras. O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista aos outros, e a primeira traição e roubo que faz, é a luz, para que não distinga as cores. Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade, pois Judas em tua comparação já é menos traidor! Oh que excesso tão afrontoso e tão indigno de um elemento tão puro, tão claro e tão cristalino como o da água, espelho natural não só da terra, senão do mesmo céu! Lá disse o Profeta por encarecimento, que "nas nuvens do ar até a água é escura": Tenebrosa aqua in nubibus aeris. E disse nomeadamente nas nuvens do ar, para atribuir a escuridade ao outro elemento, e não à água; a qual em seu próprio elemento é sempre clara, diáfana e transparente, em que nada se pode ocultar, encobrir nem dissimular. E que neste mesmo elemento se crie, se conserve e se exercite com tanto dano do bem público um monstro tão dissimulado, tão fingido, tão astuto, tão enganoso e tão conhecidamente traidor!
ResponderEliminarVejo, peixes, que pelo conhecimento que tendes das terras em que batem os vossas mares, me estais respondendo e convindo, que também nelas há falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores e mais perniciosas traições. E sobre o mesmo sujeito que defendeis, também podereis aplicar aos semelhantes outra propriedade muito própria; mas pois vós a calais, eu também a calo. Com grande confusão, porém, vos confesso tudo, e muito mais do que dizeis, pois não o posso negar. Mas ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano. E sabei também que para haver tudo isto em cada um de nós, bastava antigamente ser português, não era necessário ser santo.»
De lembrar que os peixes são pessoas ...
Ao agora capitão salgado
ResponderEliminarvocê não fala democraticamente porque isso não é para todos.
É só para quem é estruturalmente democrata e responsável.
Não se preocupe: não incomoda nada.
Só nos incomoda a quem nós atribuímos valor para isso.
Você permanece anónimo(?!) porque para assumir qualquer coisa é preciso ter noção da responsabilidade. Brincar aos anónimos isso é para qualquer um.
Até para mim.
Isto está uma categoria.
ResponderEliminarHavia um que dizia que se a importancia fosse bosta, havia agente que andava sempre a cheirar a ela.
Já sei de onde vem o cheiro aqui na freguesia.
Parece-me que temos dois bau... baus... o nosso conhecido da lota e agora temos um Capitão Salgado ou do sal..... au...au...au... eles mordem?... penso que não!!! Bau bau que ladra muito... Cuidado malta qualquer dia temos por ai o chefão deles!!! Sobre o Verão, estamos em setembro penso que era de esperar!!
ResponderEliminarÉ uma admirável o elevado grau de constatação do pietra na cabeça como a faneca.
ResponderEliminarNão diz coisa que jeito tenha e depois chega à brilhante conclusão que o Verão está a acabar porque estamos em Setembro. Por estas e por outras é que o Natal calha sempre em Dezembro, diria o cabeça de calhau.
Trata-te, rapaz!
Sobre os Antónios não me pronuncio, sermonar aos peixes é actividade que desenvolvo, realmente, pelo que parece!
ResponderEliminarNão respondo a medrosos de Chefes imaginários. Nesses o sentido de humor está arruinado, transportam o seu mundo imaginário às costas, que de tão carregados, sobem, que sobem a calçada, derreados, quando lá chegam ( ao cimo, bem entendido) foi por de repente se terem transformado em lambe-botas sem se terem apercebido.
A democracia é para todos, e não apenas para os que gostam de julgar o seu pensamento como único e irrepetível... Compreendo tão bem as suas palavras sobre democracia que se fosse por si ela já não existia. Como eu o compreendo.
ResponderEliminarPassamos pelas coisas sem as ver,
ResponderEliminargastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Passamos pelas coisas sem as ver, Eugénio de Andrade
Com a devida vénia, fica a transcrição de um artigo hoje publicado no jornal “As Beiras”.
ResponderEliminarFraco fim de Verão
São poucos os banhistas e as barracas, ainda presentes nas praias. Agora que o bom tempo teima em fugir, só quem tem férias em Setembro“vai a banhos”.O final de Verão está a ser uma época difícil. Quem o diz, a uma voz, são os concessionários, os vendedores de gelados e bolacha americana, bem como os que se dedicam ao aluguer de barracas. Todos lamentam o pouco negócio efectuado. A falta de poder de compra dos portugueses, a pouca animação na cidade, as águas frias e o clima ventoso são alguns dos factores que alegam ter contribuído para um Verão menos bom. “Faz falta aqui o Santana Lopes; na época dele, a Figueira estava sempre cheia”, aludiram algumas pessoas.Os concessionários confessaram, mesmo, ao DIÁRIO AS BEIRAS, estar à beira de um ataque de nervos. De acordo com Pedro Simões, proprietário do espaço “O Bote”, a época balnear foi muito “fraca”. O decréscimo no número de pessoas que se deslocou de férias à Figueira é a principal razão que o empresário evoca, para justificar o pouco consumo deste Verão. “A única temporada que se registou boa foi a primeira quinzena de Agosto, onde atingimos um volume de vendas na ordem dos 80 por cento”. A este valor contrapõe as vendas registadas nos primeiros dias de Setembro – “foi uma queda acentuada, baixámos para cerca de 15 por cento”. Pedro Simões ressalva que esta época é, geralmente, a que tem menos afluência. “Contudo, este ano verificou–se um grande decréscimo”, remata. Por sua vez, Carina Freitas, do bar “Vela Azul”, considera, igualmente, que este Verão foi muito mais fraco. “No mês de Agosto ainda tivemos muita gente, mas com a chegada de Setembro notou–se uma descida acentuada”, frisou.Carlos Neves, de 17 anos, trabalha há quatro anos no aluguer de barracas e referencia que este tem sido o pior mês de todos. “Antes as pessoas até faziam fila”, refere o alugador de barracas.Calma ajuda vigilantesSe para os concessionários a falta de gente desespera, o mesmo não se pode dizer para os vigilantes das praias, a quem a calmaria ajuda.Rui Azevedo faz parte da Marinha de Guerra Portuguesa e vigia as praias da Figueira e Buarcos, dando apoio durante o Verão. Para este cabo do mar, “o fim da época balnear não está a ser assim tão mau”. “No primeiro fim-de-semana esteve pouca gente, mas o início de semana trouxe mais pessoas às praias”, referiu. O tempo frio e o nevoeiro são, no seu entender, os factores que fazem com que os veraneantes saiam da Figueira.Rui Silva, nadador-salvador, vigia a Praia do Relógio, desde Julho, e refere que a população que se desloca à praia neste mês é oriunda do interior do país, referindo casos como o Sabugal, Lousã e Penacova. A faixa etária dos veraneantes é estratificada dos 30 aos 60 anos, aduz o vigilante, realçando que se nota muito menos gente este mês.Sidónio Gomes, de 72 anos, deslocou–se de Mortágua para beneficiar da praia, famosa pela concentração de iodo. A Figueira é o local que escolhe para passar as suas férias. O mês eleito é também Setembro, uma vez que só neste mês pode estar com a sua família, que tem férias por esta época. O veraneante refere que “a minha escolha deve–se, também, ao facto de este ser um mês calmo”.
Capitão salgado, leia: “Comigo não! nada é relativo, tudo é importante e ninguém põe em causa nada, absolutamente nada aqui neste Blog. Eles existem para isso mesmo para encobertos pela anonimato, que nos é permitido dizer o que nos apetece”.
ResponderEliminarVocê é o patrão? Oh criatura, valha-nos Deus .......
A chegada deste blog foi uma janela que se abriu para deixar passar ar fresco na exposição e tomada de opiniões na nossa Terra. A questão do uso de pseudónimos tem, até, um efeito curioso. Numa terra onde toda a gente está politicamente rotulada e, como tal, manietada, o uso de um nickname permite a muita gente ler um texto sem o ligar a uma cara, a um partido, a uma qualquer referência que lhe tolde ou condicione a apreciação. Só aqui vem quem quer e, tanto o quanto conheço dos donos do blog, nunca são recusados comentários, com excepção dos canalhas e insultuosos. O OUTRA MARGEM, goste-se ou não, é um espaço de liberdade, num concelho onde a comunicação social penso continuar controlada.
Continuem Agostinho e Pedro, pois vocês estão a prestar um serviço incalculável à vossa Terra.
Um abraço
A mudança de discurso levou as pessoas a pensarem, ser tambem em prol do sonho,mas enganaram-se, era em prol da palavra, EU..EU...EU..EU...EU..., discurso tipicamente maritimo,como já li num outro lugar, agora aparece um discurso maricas,grandes mudanças!
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