Fotos: PEDRO CRUZ
A praia da Tocha, no Concelho de Cantanhede, situa-se na região Gândara..
A sua areia fina, as suas dunas extensas, os seus pinhais próximos, são trunfos importantes desta praia, que aposta num turismo mais calmo e perto da natureza.
Há um grande parque de merendas situado nos pinhais, onde ao lado existe um campo de futebol, basquetebol e um bar. Na pequena aldeia, encontram-se algumas pastelarias, bares e uma pequena feira, onde se vende lembranças, fruta, etc.
Não existem hotéis , mas construiu-se um complexo de habitações, cuja arquitectura lembra a dos palheiros tradicionais dos pescadores.
O povoado não é muito antigo. Na opinião de alguns autores, a sua formação data do início do século XIX. Outros recuam um pouco mais: teriam sido pescadores vindos do norte (Ovar, Ílhavo e Murtosa), na procura de novos centros pesqueiros, os colonizadores de entrada. Posteriormente, os gandareses juntaram-se-lhes, acabando por se apropriarem das "artes".
Nos dias de hoje, a Praia da Tocha tem uma particularidade: uma Biblioteca em pleno areal. E nas estantes do interior da construção de madeira, onde está instalada a Biblioteca, existe um significativo acervo bibliográfico constituído sobretudo por obras de ficção e várias colecções de literatura infantil e juvenil, que podem ser requisitadas pelo prazo máximo de 15 dias.
A Biblioteca de Praia, na Praia da Tocha, unidade móvel que, em anos anteriores registou, não só elevados níveis de afluência como, igualmente, um assinalável êxito na promoção de iniciativas culturais, foi criada especificamente para funcionar como extensão da Biblioteca Municipal de Cantanhede no fomento da leitura e no desenvolvimento da sua acção cultural durante o período de Verão.
Esta Biblioteca possui diversas valências, designadamente serviço de leitura, consulta de jornais, internet, ludoteca e audiovisuais, promovendo simultaneamente actividades lúdicas especialmente orientadas para crianças e jovens. Para consulta no local, estão disponíveis jornais diários e diversas revistas periódicas, bem como equipamentos áudio e vídeo e um computador com ligação à internet, cuja utilização, limitada a períodos de trinta minutos, está sujeita a marcação prévia.
Para funcionamento do serviço de leitura, foi criada no exterior uma esplanada com cadeiras e mesas que permitem a acomodação de 20 pessoas sentadas à sombra, espaço que serve também para os técnicos da Biblioteca Municipal de Cantanhede, destacados para o efeito, dinamizarem regularmente jogos e ateliês de expressão plástica apropriados para crianças de diferentes níveis etários.
O objectivo é oferecer a quem frequenta a Praia da Tocha o contacto diário com os meios de comunicação e disponibilizar produtos culturais em diferentes tipos de suporte que permitam tirar o melhor proveito possível do tempo de lazer.
O horário de funcionamento é o seguinte:
1 de Julho a 3 de Setembro
10:00 às 12:30 e 14:30 às 19:30.
Na tarde em que lá estivemos, esta Biblioteca tinha uma frequência assinalável.
Qual biblioteca de praia qual quê....
ResponderEliminarSeja qual for a biblioteca esta jamais poderia ser em São Pedro...
Sabem porquê?
Porque pelos visto lá para os lados da tocha deixam tirar fotografias ás mesmas...
Em São Pedro não é bem assim sabe-se lá porque...
Bem visto amigos era um bom para a nossa terra ter iniciativas destas.
Não vale a pena tentar descobrir o que já foi descoberto. Como na Cova-Gala ainda não se tinham lembrado desta iniciativa (penso eu; posso estar enganado), não faz mal algum um pouco de humildade e "copiar" o que de bom se faz noutros locais, como é o caso da praia da Tocha.
ResponderEliminarApelo aos responsáveis autarquicos locais para "copiarem" a iniciativa. Vale mais tarde do que nunca.
A estupidez, a má formação, os ditadores e a violência sempre foi inimiga dos livros e da cultura.
ResponderEliminarSão os próprios livros que disso dão testemunho, como se fossem biógrafos deles mesmo.
Em Sarajevo, nos restos calcinados da biblioteca da cidade, morreram muitos livros.
Em Grozny, na Chechénia, sob bombardeamentos russos, assistiu-se à destruição de mil bibliotecas e 11 milhões de livros.
O papa Paulo IV, tinha uma lista de livros proibidos destinados a alimentar as fogueiras da Inquisição.
A Revolução Cultural na China mandou queimar muitos livros.
A Biblioteca Nacional de Madrid, foi bombardeada durante a guerra civil.
Temos conhecimento da destruição da bibliotecas de Kioto, no Japão, no século XV e de Constantinopla, em 1204, pela Quarta cruzada.
O ódio à cultura, ao conhecimento e ao esclarecimento, é uma história antiga, que começou com o primeiro livro, há seis mil anos na Mesopotâmia.
Eram livros feitos de pranchas de barro, onde se gravavam os caracteres.
Havia muitos guardados na Biblioteca Nacional de Bagdad, bombardeada e saqueada em 2003, durante a invasão americana. Todas as pranchas desapareceram.
O inferno deve estar cheio de bibliotecas.
Vocês querem tornar a Cova e Gala num inferno?
Preocupem-se é com a malcriação dos “francius”....