............................................... Foto: António Agostinho
“O mar às vezes parece um céu diáfano, outras pó verde. Às vezes é dum azul transparente, outras cobalto.
Ou não tem consistência e é céu, ou é confusão e cólera.
De manhã desvanece-se, de tarde sonha.
E há dias de nevoeiro em que ele é extraordinário, quando a névoa espessa pouco a pouco se adelgaça, e surge atrás da última cortina vaporosa, todo verde, um verde que apetece respirar.
Diferentes verdes bóiam na água, esbranquiçados, transparentes, escuros, quase negros, misturados com restos de onda que se desfaz e redemoinha até ao longe. E ainda outros azulados, com a cor das podridões. Tudo isto graduado e dependendo do céu, da hora e das marés.”
Do livro Os Pescadores de Raul Brandão.
Jornalista e escritor.
Nasceu em 1867 e morreu em 1930.
“O mar às vezes parece um céu diáfano, outras pó verde. Às vezes é dum azul transparente, outras cobalto.
Ou não tem consistência e é céu, ou é confusão e cólera.
De manhã desvanece-se, de tarde sonha.
E há dias de nevoeiro em que ele é extraordinário, quando a névoa espessa pouco a pouco se adelgaça, e surge atrás da última cortina vaporosa, todo verde, um verde que apetece respirar.
Diferentes verdes bóiam na água, esbranquiçados, transparentes, escuros, quase negros, misturados com restos de onda que se desfaz e redemoinha até ao longe. E ainda outros azulados, com a cor das podridões. Tudo isto graduado e dependendo do céu, da hora e das marés.”
Do livro Os Pescadores de Raul Brandão.
Jornalista e escritor.
Nasceu em 1867 e morreu em 1930.
oh AGOSTINHO essa foto nunca poderia ser do teu sobrinho...
ResponderEliminarestá toda torta...
oh pedro ensina o teu tio pá...
" O ar picante e salgado vinha do largo morder-me as narinas, dilatar-me as artérias. E, com ele, antigo e familiar, um cheiro a cordas, a pez, a zarcão e salmoura"
ResponderEliminarin "As Torrentes da memória. Histórias e inconfidências do arco da Velha" de Luis Cajão, para o Agostinho do
Com todo o respeito pelo apreciador da foto, mesmo torta está uma maravilha. O nosso mar é mesmo bonito! Ao escrever este meu comentário só tenho pena de neste momento não poder ir dar um mergulho (estou a umas centenas de km...).
ResponderEliminarMesmo tortas, continue a dar-nos fotos deste tipo.
Obrigado.
Já sabia que o António Agostinho era um repórter de primeira água, um bom cronista, mas desconhecia a grande sensibilidade que se adivinha na captação deste instante.
ResponderEliminarUm abraço, caro A.A.
Rectifico o final do meu anterior comentário. O que lá deveria estar escrito era:
ResponderEliminar-Um grande abraço ao A.J.A.
Só ele sabe quem poderia ter memória destas 3 letras.
Meu Caro Castelo na Areia:
ResponderEliminarClaro que sei.
Zé Penicheiro, Joaquim Namorado, Zé Martins, Leitão Fernandes, Falcão .... são Homens que estão nos nossos corações.
Grande abraço e vê lá se apareces
Meu Caro Castelo DE Areia:
ResponderEliminardesculpa o engano. Neste caso o DE faz diferença....
Grande abraço
Castelo de areia é uma coisa efémera, que arrisca a destruição em cada investida do mar, que só vale enquanto dura, que tem um tempo de referência, mas que preserva a matéria antiga forjada no devir das eras, mesmo que com novas qualidades.
ResponderEliminarCaro A.J.A.: lá para Agosto havemos de organizar um petisco com o Xaninho e remar, de novo, na nossa barca.
Ok, Castelo de Areia, tá combinado.
ResponderEliminarEntretanto, grande abraço.
O Xaninho deve ter visto esta troca de galhardetes, pois também é freguês.
É doce morrer no mar
ResponderEliminar...
nas verdes ondas do mar
...
Marinheiro saiu de noite
...
De madrugada não voltou
...
Sereia do mar o levou
...
e tornou a fazer cama
no colo de Imanjá!