quarta-feira, 14 de junho de 2006
Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade, dois grandes Portugueses que morreram há um ano
Álvaro Cunhal foi uma das figuras mais marcantes do século XX português.
Não é possível fazer a história do nosso tempo sem ter em conta a sua personalidade e intervenção, durante os anos da ditadura, no 25 de Abril e nas décadas que se lhe seguiram.
Comunista desde a juventude, manteve-se até ao fim fiel a si mesmo e ideais de sempre.
Era um homem de múltiplos talentos político, escritor, desenhador, pintor, tradutor, que conseguiu fascinar tanto apoiantes como adversários.
Alguns anos antes de partir decidiu falar da sua vida pessoal e da sua obra de criação literária e artística, assumindo nesta altura a autoria dos seus livros publicados sob pseudónimo, autorizou que deles fizessem filmes, editou os seus desenhos e a sua pintura e publicou a sua tradução do Rei Lear de Shakespeare.
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu em Póvoa de Atalaia, concelho do Fundão.
Viveu em Lisboa, onde frequentou a Escola Técnica Machado de Castro.
Terminados os estudos liceais, cumpriu o serviço militar e entrou para o funcionalismo público como inspector dos Serviços Médico-Sociais (1947-1983). Em 1950, é transferido para o Porto, onde fixa residência.
Desde cedo se dedicou à poesia, alcançando grande notoriedade com livros como “As Mãos e os Frutos”, 1948 e 2Os Amantes sem Dinheiro”, 1950.
Traduziu vários poetas estrangeiros, de que se destacam Federico García Lorca e Safo, e organizou várias antologias, sendo a mais conhecida a que dedicou ao Porto com o título Daqui Houve Nome Portugal, 1968. Em 1989, ganhou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro O Outro Nome da Terra. Nesse mesmo ano, recebeu o prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia estrangeira publicado em França com a obra Blanc sur Blanc e em 1990 foi criada no Porto a Fundação Eugénio de Andrade.
5 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Caros bloguistas d'a "Outra Margem"
ResponderEliminarParabéns, não pelo conteudo, que esse é bom e recomenda-se. Parabéns tão só pela mudança de grafismo que agora impuseram no blogue que o torna mais atractivo em termos de leitura. Se me permitem e apesar do negrito dos Titulos (óptimo) talvez estes devessem aparecer num tamanho maior
Continuem
...A viúva de Álvaro Cunhal morreu exactamente um ano depois do líder histórico do PCP...
ResponderEliminargrande homem ...
ResponderEliminarJá mais será sepultado
«HOMEM» é a palavra que o caracteriza ...
ResponderEliminarpor muitos que não gostam de ler... existem muitos outros que prosseguem...
ResponderEliminar